Felipão acena com mais testes e Hulk deve ser "sacrificado" de novo

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Miami (EUA)

19/11/201306h00

Na reta final de seu processo de escolha para a Copa do Mundo de 2014, Luiz Felipe Scolari usará, mais uma vez, um amistoso para fazer testes. Nesta terça, o treinador deve experimentar Willian, Bernard e Robinho ao longo do jogo contra o Chile, que ocorrerá nesta terça, no Canadá. Pelo retrospecto, Hulk pode se preparar para ser "sacrificado".

Titular de Felipão na Copa das Confederações e nome certo na convocação para o Mundial do ano que vem, o atacante do Zenit é, normalmente, a primeira opção de Felipão na hora das substituições. Dos 18 jogos da gestão do atual treinador, Hulk esteve em campo em 13 deles, e não completou os 90 minutos em nenhuma oportunidade.

Desde suas primeiras participações, quando ainda começava no banco de reservas, até o salto para a titularidade na Copa das Confederações, Hulk sempre vê parte do jogo ao lado do treinador. Neymar, que joga na mesma função, mas do outro lado do campo, por exemplo, esteve em todas as partidas de Felipão, e jogou 11 partidas completas.

A opção de Felipão diz muito sobre a função de Hulk, que tem um papel mais defensivo que o camisa 10 e astro da seleção. Além disso, a saída do jogador do Zenit permite que o time mude seu estilo, jogando de forma mais ofensiva ou veloz, de acordo com a partida. No meio dos testes finais, o treinador aproveita a situação para avaliar as diferentes opções que possui.

No último sábado, por exemplo, Hulk começou no banco de reservas de Bernard e entrou só durante a segunda etapa, na vaga de Neymar. Contra o Chile, nesta terça, a situação pode se inverter.

"Volta o Júlio [César], o Thiago [Silva], e pode ser que eu faça uma mudança em termos de ataque para iniciar o jogo", disse Felipão, que depois respondeu especificamente sobre Willian e Robinho. "Em princípio, [entrarão] no transcorrer do jogo", completou.

A briga, então, ficaria entre Bernard e Hulk pela última vaga ao lado de Neymar, Oscar e Jô. A força do Chile, porém, deve fazer com que o treinador aposte na experiência internacional e no potencial defensivo de Hulk, com os demais ficando como opções para o segundo tempo. Nesse cenário, pelo histórico, a tendência é que, de novo, ele seja o primeiro a sair.

Hulk, atacante brasileiro