Neymar e Willian se esquivam sobre Bom Senso, mas dizem apoiar melhorias

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Miami (EUA)

Neymar
Neymar

A manifestação do Bom Senso FC, que paralisou todos os jogos da rodada do Campeonato Brasileiro na última quarta, não ecoou como poderia na seleção brasileira. Neymar e Willian, que concederam entrevista coletiva nesta quinta, em Miami, preferiram se esquivar sobre o assunto, mesmo ressaltando o apoio a eventuais melhorias no futebol brasileiro.

"Tudo que for conversado para melhorar o futebol brasileiro eu acho que é valido. Conversando e melhorando, acho que eu apoio", disse Neymar, sem se aprofundar. "Antes de sair [do Brasil], ninguém tinha me procurado. Fiquei sabendo ontem na partida. Não estou muito por dentro do assunto. Apoio a conversa. Conversando, se pode chegar em uma cosa boa", repetiu ele, após uma pergunta mais direta sobre o assunto.

"Eu vi [os protestos] na internet. Acho que o diálogo nesse momento é o mais importante. Tenho certeza de que isso vai ser resolvido. Para mim é difícil falar porque eu estou fora do país", se esquivou Willian.

A postura dos dois é a de não entrar em conflito com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), principal alvo dos protestos da última quarta. Com faixas e uma paralisação de um minuto, em que todos os jogadores cruzaram os braços, o movimento cobra uma postura mais ativa da entidade.

A CBF já recebeu os líderes do Bom Senso em duas oportunidades. Os jogadores elaboraram um dossiê e reuniram seus pedidos em cinco bandeiras principais: férias, pré-temporada de qualidade, reforma no calendário, fair-play financeiro e representativa dos atletas em conselhos técnicos.

Na visão dos jogadores, a entidade fez pouco para atender as reivindicações, o que originou o protesto. A CBF, por sua vez, argumenta que já cumpriu o que lhe foi pedido, recebendo os atletas para uma conversa. 

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