Marin banca Felipão em caso de derrota e diz que intensificará fiscalização em estádios
Mauricio Duarte
Do UOL, em São Paulo
O presidente da CBF voltou a dizer que Luis Felipe Scolari e a comissão técnica da seleção brasileira permanecem no cargo mesmo em caso de derrota na Copa das Confederações. "Seja qual for o resultado, eles ficam. É o caminho certo, é uma longa jornada até 2014", afirmou nesta terça-feira José Maria Marin.
O dirigente admitiu também que os estádios ainda precisam de melhorias, assim como o acesso das pessoas às arenas. Como presidente do COL (Comitê Organizador Local), ele garantiu que irá intensificar as visitas aos locais que apresentam mais problemas. "Alguns estádios são considerados prontos e outros ainda não. Em alguns nós estamos até em fase de teste. A Copa das Confederações tem grande responsabilidade, mas é teste para a Copa do Mundo, até para a seleção brasileira", afirmou.
O cartola voltou a pedir apoio da população, que saiu às ruas para protestar nesta segunda-feira. Para Marin, isso não diminui o valor do evento. "Quando foi anunciado que íamos sediar a Copa eu não era presidente da CBF, mas fiquei feliz como brasileiro. Recebi a noticia com muita alegria. Será a oportunidade para transformar a decepção de 1950 em grande alegria agora", declarou, fazendo alusão à derrota para o Uruguai no Maracanã no Mundial daquele ano.
Marin esteve presente no anúncio do novo patrocinador da CBF, a Seguros Unimed. O patrocínio contempla todas as seleções da CBF, da sub-15 ao time principal. O contrato tem vigência de seis anos, com início no primeiro dia de junho deste ano e término em 31 de julho de 2019, após a Copa América.
A parceria permite à empresa expor sua marca em todas as ações e ventos da CBF no Brasil e no exterior, uniformes, publicidade estática em jogos, além de contar com a imagem da seleção para ações publicitárias. Até mesmo as carteirinhas de saúde do plano médico da marca e os carros-maca terão o logo da CBF.
Copa e corrupção tomam lugar de transporte em protestos
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"Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro para a saúde e a educação!". Este e outros gritos de teor semelhante deram o tom das manifestações que tomaram as ruas das principais cidades brasileiras. Foi o dia em que os protestos contra os aumentos nas tarifas de transporte público se tornaram também manifestações contra o gasto de dinheiro público na organização da Copa do Mundo de 2014. Somente com os estádios que estão sendo construídos ou reformados para o Mundial da Fifa, mais de R$ 7 bilhões a mais do que o previsto inicialmente, estão sendo consumidos. Deste total, 97% é dinheiro público.