Blatter minimiza protestos: "Futebol é mais forte que a insatisfação"
Do UOL, em São Paulo
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REUTERS/Sergio Moraes
Presidente da Fifa Joseph Blatter acredita que protestos diminuirão com o decorrer das competições
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, minimizou os protestos que têm ocorrido pelo Brasil nas últimas semanas. O dirigente considerou normal que manifestantes utilizem a visibilidade trazida pelos grandes eventos no país para protestar, mas crê que as reivindicações ficarão em segundo plano com o decorrer das competições.
"O futebol é mais forte que a insatisfação das pessoas. Eu disse a Dilma e Aldo [Rebelo] que temos confiança neles. Uma vez que a bola rolar, as pessoas vão entender e isso vai acabar", disse Blatter ao jornal O Estado de S. Paulo. "O futebol existe aqui para unir as pessoas. Isso está claro e conheço um pouco das manifestações que estão ocorrendo".
A abertura da Copa das Confederações, no sábado, ficou marcada por protestos nas imediações do estádio Mané Garrincha contra os gastos do país com a realização da Copa do Mundo. Para dispersar os manifestantes, policiais entraram em confronto e utilizaram bombas de efeito moral.
As cenas se repetiram no Rio de Janeiro no domingo, antes da partida entre Itália e México no Maracanã. Cerca de mil pessoas protestaram contra o aumento das tarifas de ônibus e do custo de vida, em manifestação que terminou em confronto e repressão da polícia.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, também se manifestou sobre o assunto na saída de um seminário do jornal Financial Times. O político negou que haja repressão às manifestações, mas afirmou que as autoridades tomarão as medidas necessárias para a realização dos eventos programados para ocorrer no país.
"O direito à manifestação será assegurado, mas entre esses direitos não está o de ameaçar a realização de nenhum evento", disse Rebelo, que negou temer que os protestos arranhem a imagem do Brasil no exterior. "Espero que fique a imagem real, de um país democrático onde as manifestações estão asseguradas ao mesmo tempo que a realização dos eventos".
* Colaborou Rodrigo Mattos, no Rio de Janeiro
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