Relação com Marin faz governador crer em espaço para Goiás na Copa

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Goiânia

04/06/201306h00

Danilo Verpa/Folhapress

Marconi Perillo e José Maria Marin juntos; relação pode garantir "prêmio" a Goiânia na Copa do Mundo

As cidades que se candidataram a subsedes da Copa do Mundo de 2014 seguem sem saber qual papel terão na competição. Apesar disso, o governador de Goiás esbanja confiança. Chamado de "grande benfeitor" pelo presidente da CBF, José Maria Marin, em um evento na última segunda-feira, Marconi Perillo esbanjou confiança ao falar do papel que Goiânia terá daqui a um ano.

"Ele [Marin, presidente da CBF e do Comitê Organizador] não vai dizer, mas você vê pela fala dele comigo, com o [presidente da Federação Goiana de Futebol, André] Pitta, que ele tem um compromisso implícito com a gente. Quero que seja a seleção brasileira, vou brigar até o ultimo momento por ela. Se eu achar que não dá, posso pensar em outra", disse Perillo em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

A intenção do governador é que a seleção repita a preparação deste ano, quando passará oito dias na cidade. Como a seleção brasileira será muito concorrida, não se descarta um outro time do primeiro escalão, preferencialmente aqueles que forem jogar em Brasília. A prerrogativa da escolha cabe a cada um dos times, mas a opinião do cartola pode influenciar.

A relação do político com a CBF é de longa data e garantiu a Goiânia o posto de "casa" da seleção brasileira no país desde 2010. Para honrar o compromisso assumido com Perillo, Marin passou por cima até da vontade da comissão técnica, que não queria se preparar para a Copa das Confederações na cidade.

Na última segunda, ele escolheu a festa de Perillo para fazer sua primeira aparição diante de jornalistas na esteira para a Copa das Confederações. O presidente da CBF foi o convidado de honra da inauguração da Serrinha, sede social do Goiás que passou por uma reforma de R$ 4 milhões (sendo que o Governo Estadual vai ressarcir R$ 2,5 milhões desse montante) para receber apenas um treino da seleção.

Marin chegou acompanhado, como sempre, de dirigentes da FPF (Federação Paulista de Futebol). Aos sorrisos, foi cumprimentado pelos cartolas locais e por Perillo, que agradeceu a presença do presidente da CBF, pouco afeito a eventos com jornalistas. "Vocês [está] sempre presente com a gente, é o mínimo", respondeu Marin, confirmando a expectativa do político.

José Maria Marin, presidente da CBF