Ministério Público Federal entra na Justiça contra demolição do Museu do Índio, no Rio de Janeiro

do UOL, em São Paulo*

  • Fabio Gonçalves/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

    Índio observa soldados da PM em frente ao Museu do Índio, no Maracanã, neste sábado (12)

    Índio observa soldados da PM em frente ao Museu do Índio, no Maracanã, neste sábado (12)

O Ministério Público Federal entrou nesta segunda-feira (14) com recurso no TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) para impedir o governo do Rio de Janeiro de demolir o Museu do Índio, vizinho do estádio do Maracanã. No recurso, a Procuradoria Regional da República da 2ª Região pede que volte a vigorar a proibição da demolição, obtida pela Defensoria Pública da União em liminares das 8ª e 12ª varas federais do Rio de Janeiro.

As ordens judiciais foram suspensas em 13 de novembro do ano passado pela presidência do TRF2, que acolheu o argumento de que haveria prejuízo à segurança e à economia públicas. De acordo com o Ministério Público, a suspensão das liminares que impediam a demolição é um erro, por permitir a destruição permanente e irreversível de patrimônio público singular e de valor inestimável que deveria ser protegido. Para o Ministério Público não se pode com uma decisão de efeito provisório gerar a perda definitiva de um valor histórico, cultural e arquitetônico impossível de ser resgatado.

Segundo o procurador Newton Penna, "se o Estado agisse de acordo com o dever de proteger o interesse social, deveria considerar, na elaboração do projeto, que no entorno do Maracanã há um imóvel cuja proteção é do interesse da sociedade e que, portanto, não pode ser destruído".

Ao pedir ao TRF2 que reconsidere a decisão, a promotoria sustenta que a Fifa (Federação Internacional de Futebol), responsável pela Copa de 2014, declarou não ter exigido a demolição do imóvel e se mostrou favorável a adequações que preservem o patrimônio cultural.

O recurso informa que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) repudia a destruição e que o Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) concluiu que o edifício não prejudicaria a circulação de pessoas na Copa.

* (Com informações da Agência Brasil)

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