Na mesma semana em que a Secretaria Estadual de Obras do Rio de Janeiro confirmou um atraso de um mês na instalação da cobertura do Maracanã, uma das construtoras responsáveis pela reforma do estádio deixou de transmitir imagens ao vivo do trabalho na arena. A Odebrecht retirou do site criado para divulgação de informações sobre as obras que ela toca em estádios da Copa do Mundo de 2014 o link que dava acesso a imagens em tempo real do palco da final do Mundial da Fifa.

O site www.odebrechtarenas.com.br reúne dados sobre quatro estádios: Arena Pernambuco, em Recife; Fonte Nova, em Salvador; Itaquerão, em São Paulo; e Maracanã, no Rio. Nesses quatro estádios, a Odebrecht toca as obras sozinha ou em parceria com outras construtoras.

No site, cada estádio tem uma página exclusiva. Nelas, é possível ver o projetos das arenas, fotos e as imagens ao vivo das obras. Para ver o andamento construções em tempo real, basta clicar na área "câmera online".

A seção "câmara online" da página do Maracanã, no entanto, foi eliminada nesta semana. A mudança foi feita justamente no momento em que as câmeras mostravam o início da instalação da cobertura do estádio.

Atualmente, os operários que trabalham no Maracanã estão içando cabos de aço que vão sustentar a lona da cobertura. De acordo com a Secretaria de Estadual de Obras, isso já deveria estar pronto desde meados do mês passado.

Segundo a Odebrecht, "a câmera online do Maracanã não está operando, temporariamente, por fatores técnicos".  De acordo com a empresa, não há previsão para o retorno do serviço.

A Odebrecht disse ainda que esse mesmo problema afeta a transmissão das imagens da Fonte Nova.

A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo começou em 2010 e deveria custar cerca de R$ 750 milhões. Naquela época, a previsão era que o estádio estivesse pronto em dezembro de 2012.

Tempo depois, foi anunciado que o estádio estaria pronto para ser repassado à Fifa no dia 28 de fevereiro. No final no ano passado, porém, o governo abriu uma licitação-extra para obras intramuros e anunciou que os preparativos iam até abril.

Desde o início da reforma, o governo do Rio já comprometeu R$ 940 milhões com o estádio. O plano é privatizá-lo depois que ele estiver pronto.