Felipão abre mão de supersalário, mas leva seus aliados para comissão técnica
Bruno Freitas, Paulo Passos, Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos
Do UOL, em São Paulo
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Fernando Pilatos/UOL
Luiz Felipe Scolari ainda não bateu o martelo sobre o seu salário na seleção brasileira
O futuro técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, ainda não bateu o martelo sobre o seu salário na CBF, mas já tem claro que contará com uma comissão técnica de velhos conhecidos seus. O UOL Esporte apurou que Felipão, que será anunciado nesta quinta-feira como novo comandante do Brasil, não manterá o padrão de supersalário que recebia no Palmeiras.
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O staff do treinador não vê isso como problema. Scolari planeja compensar a diferença entre o que ganhava no Palmeiras e seu novo salário com patrocinadores pessoais. Em Portugal, ele engrossava seus vencimentos atuando como garoto-propaganda de diversas empresas, além de ceder sua imagem para a divulgação da Eurocopa, que foi disputada no país.
O UOL Esporte apurou que a CBF não pretende abrir mão da sua política de salários. Mano Menezes, por exemplo, recebia aproximadamente R$ 350 mil, bem menos que o salário de Scolari na última passagem pelo Palmeiras (cerca de R$ 700 mil)
Marin e o Felipão ainda não definiram valores do contrato. O técnico já deixou claro que exige autonomia para formação da sua comissão técnica. Nomes como Flávio Murtosa, auxiliar-técnico, Carlos Pracidelli, preparador de goleiros, são tidos como certos na comissão técnica de Felipão. O treinador ouviu de Marin que do técnico para baixo todas as escolhas serão de Scolari.
Para o cargo de preparador físico, Felipão tem dois nomes: Paulo Paixão e Darlan Schneider. O primeiro trabalhou com Felipão em clubes como Grêmio e Palmeiras e está atualmente no tricolor gaucho. Já Schneider é sobrinho do técnico e esteve com ele nas seleções do Brasil e de Portugal.
Felipão teria aceitado uma sugestão de Marin, a do nome de Milton Cruz como auxiliar-técnico. Porém, o funcionário do São Paulo ainda não recebeu o convite oficial para o cargo. Desde quando assumiu a CBF, o cartola avisou ao ex-atacante que o chamaria para a seleção brasileira.
Luiz Felipe Scolari
BOLEIROS OPINAM SOBRE A MUDANÇA
Romário: "Graças a Deus esses incompetentes da CBF acertaram pelo menos uma vez. Desejo muita sorte ao meu amigo Parreira e ao Felipão. Vai acabar o cartel das convocações." LEIA MAIS | Zagallo: "Formei uma dupla muito vitoriosa com o Parreira. Ganhamos 70, 94, além de outros tantos bons trabalhos. A única coisa que posso desejar é sorte, eles vão precisar. Eles têm que ganhar a Copa!" |
Carlos Alberto Torres: "Parreira 200% aprovado. Felipão é meu amigo, mas acho que seleção é momento. Deixou o time dele na segunda divisão. Acho que nesse momento teria outros treinadores à frente" | Zico: "O Brasil está bem entregue. Acho que não vão começar do zero. Já tem um grupo formado, qualificado, não devam ter problema pra que se apresente bem" |
Antonio Lopes: "Pela experiência dos dois profissionais sim [sai ganhando], considerando que o Mano não tem experiência em Copa do Mundo. Acho que não falta tempo. Em 2002 não faltou." | Américo Faria:"Temos um período hábil [até a Copa] que será facilitado até pela experiência dos dois. Já existe uma base, nomes que podem ser aproveitados" |
Maurício Assumpção, presidente do Botafogo: "A saída do Mano foi errada. Essa dupla vitoriosa é muito importante. Os dois ganharam títulos mundiais. Nesse momento, o currículo é importante" | Mauro Galvão: "Conheço o Felipão. Tive a oportunidade de trabalhar com ele. Pode ajudar muito o Brasil, principalmente neste processo de renovação" |