Mano deixa a seleção com números inferiores ao de Dunga e sem vitórias contra grandes
Do UOL, em São Paulo
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Gabo Morales/Folhapress
Mano Menezes não conseguiu vitórias contra grandes da Europa e diante da Argentina com Messi
Desligado da seleção brasileira nesta sexta-feira, o técnico Mano Menezes deixa a equipe nacional com retrospecto inferior a de seu antecessor Dunga, tanto nos números como no aproveitamento em grandes competições. O ex-treinador de Grêmio e Corinthians teve gestão marcada pela falta de vitórias em compromissos diante de adversários importantes.
Ao todo Mano Menezes comandou a seleção em 33 partidas, contando apenas os compromissos da equipe principal. O técnico conseguiu aproveitamento de 69,69% [o antecessor Dunga havia obtido 77,9%]. Foram 23 vitórias, seis empates e seis derrotas.
MANO SAI COM NÚMEROS INFERIORES AO DE DUNGA
MANO MENEZES Jogos: 33 Vitórias: 21 Empates: 6 Derrotas: 6 Aproveitamento: 69,69% (69 pontos de 99 disputados) | DUNGA Jogos: 68 Vitórias: 49 Empates: 12 Derrotas: 7 Aproveitamento: 77,9% (159 pontos de 204 disputados) |
Com Mano, a seleção não conseguiu vencer adversários como Alemanha, França e Holanda. Nos embates contra a Argentina, vitórias apenas no Superclássico das Américas, em um time enfraquecido dos rivais, sem Messi e as demais estrelas que atuam na Europa.
MANO MENEZES CONTRA OS GRANDES
DATA | JOGO | LOCAL |
17/11/2010 | Argentina 1 x 0 Brasil | Doha |
09/02/2011 | França 1 x 0 Brasil | Paris |
04/06/2011 | Brasil 0 x 0 Holanda | Goiânia |
10/08/2011 | Alemanha 3 x 2 Brasil | Stuttgart |
09/06/2012 | Argentina 4 x 3 Brasil | New Jersey |
Diante de Messi, o Brasil de Mano foi derrotado em dois amistosos em campo neutro, no Oriente Médio e nos Estados Unidos.
Ao contrário de Dunga, Mano não obteve taças importantes em torneios oficiais. Seu time ficou pelo caminho contra o Paraguai nos pênaltis na Copa América de 2011. Meses atrás, sob seu comando, a equipe olímpica foi batida pelo México na decisão dos Jogos de Londres.
Mano conseguiu triunfar com a seleção nas duas edições disputadas no Superclássico das Américas, em 2011 e 2012. A última partida do treinador com o Brasil aconteceu na última quarta, com derrota para a Argentina por 2 a 1 em Buenos Aires, mas com êxito na disputa por pênaltis.