Brasil defende vantagem contra Argentina em Superclássico histórico, mas desvalorizado

Marinho Saldanha

Do UOL, em Buenos Aires (ARG)

  • Mowapress

    Com gol de Neymar o Brasil venceu o jogo de ida por 2 a 1, no estádio Serra Dourada

    Com gol de Neymar o Brasil venceu o jogo de ida por 2 a 1, no estádio Serra Dourada

Brasil e Argentina decidem nesta quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), quem leva o Superclássico das Américas.  Os brasileiros estão em vantagem por terem vencido por 2 a 1 no Serra Dourada e jogam pelo empate. E se trata de um confronto histórico. Pela primeira vez a maior rivalidade do continente terá La Bombonera como palco. Mas mesmo assim, Mano Menezes e até os torcedores argentinos desvalorizam o duelo.

CHEGADA EM SILÊNCIO NA ARGENTINA

  • Por volta das 23h (horário de Brasília), a delegação da seleção brasileira chegou em Buenos Aires para o Superclássico das Américas, que será disputado na quarta-feira, em La Bombonera. Cerca de 30 jornalistas esperavam os jogadores brasileiros atrás de alguma manifestação em solo argentino. Todos se deram mal. Até uma dupla de humoristas do programa Pânico acabou 'no vácuo'

O técnico brasileiro tratou de minimizar o encontro. Logo de cara, Mano afirmou que se tratava de uma partida isolada e que os jogadores estavam cansados. Tal declaração pode servir para tirar o peso de um infortúnio, mas também evita comemoração em excesso em caso de vitória.

"Nós estamos encarando como um jogo isolado, em função de ter ficado fora do contexto normal. Foi tudo muito distante. Perde a referência do primeiro jogo. Os brasileiros estão em final de temporada. É possível ver o desgaste no semblante de cada um. Então, vamos, como sempre, tentar obter o melhor. Muitos dos jogadores estão tendo a chance pela primeira vez", disse o comandante técnico em entrevista coletiva.

De fato, o primeiro jogo está muito distante. O Brasil venceu a Argentina por 2 a 1 com gol de pênalti de Neymar, no fim do jogo, em 19 de setembro. O duelo de volta ocorreria, inicialmente, na cidade de Resistência, no dia 4 de outubro, mas não pôde ser realizado por problemas na iluminação do estádio.

A segunda opção deu a partida importância extra. O estádio Alberto J. Armando, La Bombonera, receberá o duelo pela primeira vez. Famosa pela pressão exercida nos oponentes, a casa do Boca Juniors traz em sua história uma mácula com a seleção. O empate com o Perú que significou a não classificação para Copa do Mundo de 1970 faz o estádio ter fama de 'azarão' para o time nacional.

Em campo, as novidades do Brasil ficam por conta de Diego Cavalieri, Leonardo Silva, Fellype Gabriel e Fred. No entanto, Mano Menezes fez questão de garantir que a equipe titular não está definida. "Eu não tenho ainda a formação, porque vou confirmar para os jogadores e também vou passar quem será o capitão", disse o técnico.

A Argentina seguiu o tom do treinador brasileiro e também desvalorizou o jogo. Menos da metade dos ingressos foram comercializados antecipadamente e o povo local sequer comenta sobre a partida. O fato histórico, o duelo com tamanha rivalidade, nada esteve em pauta durante a semana.

Mano Menezes
Mano Menezes

O técnico Alejandro Sabella convocou quatro jogadores que atuam no Brasil, completando seu time com atletas locais. Dos 'infiltrados', três devem começar entre os 11 titulares: Barcos, do Palmeiras, Guiñazu, do Internacional, e Martínez, do Corinthians. Com problemas na equipe, o treinador argentino precisou cortar Braña, do Estudiantes, e realizou um treinamento fechado para esconder o time que entrará em campo nesta quarta.

O Superclássico das Américas fecha o calendário da seleção brasileira em 2012. O time nacional voltará a atuar somente em 2013, e já tem amistosos marcados contra Portugal e Inglaterra.

 ARGENTINA x BRASIL

Data: 21/11/2012 (quarta-feira)
Horário: 22h (de Brasília)
Local: estádio Alberto J. Armando, La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina)
Árbitro:  Enrique Osses (Chile)
Auxiliares: Francisco Mondria e Carlos Astroza (ambos chilenos)

Argentina
Orión; Peruzzi, Lisandro López, Desábato e Vergini; Pérez, Cerro, Guiñazu e Bella; Martínez e Barcos.
Técnico: Alejandro Sabella

Brasil
Diego Cavalieri; Lucas Marques, Rever, Leonardo Silva e Fabio Santos; Paulinho, Arouca, Fellype Gabriel e Thiago Neves; Neymar e Fred.
Técnico: Mano Menezes

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