Problemas sociais e greve ofuscam Superclássico e metade das entradas seguem à venda

Marinho Saldanha

Do UOL, em Buenos Aires (ARG)

  • Marinho Saldanha/UOL Esporte

    Estádio Alberto J. Armando, conhecido como La Bombonera, recebe o Superclássico das Américas

    Estádio Alberto J. Armando, conhecido como La Bombonera, recebe o Superclássico das Américas

A terça-feira será tensa em Buenos Aires. Grupos sindicais reunidos prometem parar a cidade em uma greve coletiva reclamando dos impostos cobrados pelo governo. Em meio ao clima de discussão, Brasil e Argentina se preparam para decidir o Superclássico das Américas. Mas o povo da capital argentina, por hora, está mais preocupado com as questões sociais, deixando metade dos ingressos para o jogo ainda disponíveis.

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Na véspera da partida, somente 20 mil entradas foram vendidas. Não há outdoor, cartaz ou material visual chamando para o jogo, nem mesmo nas cercanias do estádio do Boca Juniors, que receberá o duelo na quarta-feira, às 22h (horário de Brasília).

E os preços são acessíveis. Ao contrário do jogo disputado no Brasil, quando o ingresso mais barato custava R$ 90, para o jogo de volta as entradas vão de 70 pesos [R$ 30,4] até 300 pesos [R$ 130,3], com possibilidades variadas de preços intermediários.

"São dois motivos [para falta de atenção ao jogo]: a rodada do Campeonato Argentino [que teve jogos na segunda-feira] e esta situação da greve. Todos estão preocupados com o que vai acontecer", admitiu Javier Salazar, taxista de 53 anos. "Nós, por exemplo, não vamos parar de trabalhar, mas não teremos combustível pois os postos irão", completou.

Segundo a imprensa argentina, a mobilização será imensa. Linhas de ônibus e metrô estarão paradas, além de postos de combustível e bancos fechados. Não bastasse isso, há a promessa de fechamento das entradas da cidade, mas por somente um dia.

Tal situação pode atrasar a chegada da delegação brasileira. O time nacional desembarca na capital argentina no início da noite desta terça e vai diretamente para concentração.

Em meio a tantos problemas, os argentinos não utilizaram os meios eletrônicos para compra das entradas, à venda somente pela internet. Com capacidade para 49 mil pessoas, o estádio do Boca Juniors pode estar pela metade na primeira vez que recebe a seleção brasileira.

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