Após o presidente da IMX, Alan Adler, ter sido flagrado deixando uma reunião sobre a privatização do Maracanã realizada Parque Aquático Julio Delamare, a secretária estadual de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins, negou qualquer favorecimento à companhia na licitação do estádio. Segundo Lins, a IMX, empresa do bilionário Eike Batista, já fez o estudo que baseou o edital da privatização. Porém, não terá qualquer vantagem por isso.

"O processo [de privatização] foi dividido em duas partes", explicou ela. "Primeiro, licitamos um estudo para fazermos o edital. A IMX já ganhou, isso é público. Agora, vamos fazer a licitação definitiva, mas não existe qualquer vantagem para a IMX."

Antes mesmo de fazer o estudo para a privatização do Maracanã, a IMX já havia declarado sua intenção de assumir o controle do estádio. Para isso, formalmente, a empresa ainda terá de disputar a licitação que será aberta com qualquer outra companhia interessada.

O governo estadual ainda trabalha na finalização do edital da privatização do estádio e seus anexos. Enquanto isso acontece, porém, o presidente da IMX já se reuniu com gente do próprio governo para tratar do que será feito no complexo esportivo após sua concessão.

Questionada sobre a reunião, Lins disse que não tem informações sobre ela. Afirmou que ela não participou e que não sabe de ninguém do governo que tenha participado. "Eu não estou sabendo de nada", disse ela. "Da minha secretaria, ninguém participou."

O presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Coaracy Nunes, esteve no encontro. Ele, assim como funcionários do Julio Delamare, confirmaram que pessoas da administração do parque e um representante do governo participaram do encontro.

A IMX informou, em nota, que se reuniu com "envolvidos" na privatização. A reunião aconteceu na tarde do dia 26, dias após o governo divulgar as primeiras infornações sobre a concessão.