Gobbi diz que não tem nenhuma preocupação com investigações do MP sobre Itaquerão
Danilo Lavieri
Do UOL, em São Paulo
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Rubens Cavallari/Folhapress
Mario Gobbi, presidente do Corinthians, dá "de ombros" para o MP
As diversas notícias que dão conta de investigação de irregularidades no Itaquerão por parte do Ministério Público não preocupam o presidente do Corinthians, Mário Gobbi.
Em evento que oficializou a Brahma como cerveja oficial dos principais times paulistas, o dirigente afirmou que recebeu o respaldo suficiente para dar de ombros às especulações.
"O departamento jurídico me garante que não e eu também acho que não tem porque me preocupar. A construção do nosso estádio é uma realidade. Na abertura da Copa, nós todos estaremos todos na Arena Corinthians. Não me preocupa em nada", disse Gobbi.
As notícias começaram quando o UOL Esporte divulgou que o Ministério Público iria entrar com três diferentes ações. Pelo MPE, Marcelo Milani já abriu ação contra o prefeito Gilberto Kassab por improbidade administrativa, na concessão de incentivos fiscais ao Corinthians e à construtora Odebrecht.
A segunda investigação é administrativa (não é processo judicial) e está a cargo do promotor José Carlos Freitas, que responde pela área de Habitação e Urbanismo. O MPE trabalha em várias áreas jurídicas, na tentativa de proteger os interesses da população. Freitas, por exemplo, é o responsável pela cobrança do acordo judicial assinado com o Corinthians e Prefeitura.
As obras do Itaquerão
Esse acordo estabelece contrapartidas sociais de R$ 12 milhões pela concessão do terreno do estádio (CDRU). Do lado do Ministério Público Federal, o procurador da República José Roberto Pimenta (Patrimônio Público) responde pela fiscalização do dinheiro liberado para financiamento do Itaquerão, via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico.
Do lado do MPF, o procurador da República, José Pimenta está debruçado sobre o contrato de empréstimo entre BNDES e a construtora Odebrecht, que ainda não foi assinado.
As obras do Itaquerão, estádio orçado em R$ 820 milhões e que deve abrir a Copa 2014, devem terminar em dezembro de 2013.