MP entra com ação para proibir eventos no estádio Beira-Rio até o fim da reforma
Do UOL, em Porto Alegre
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Jeremias Wernek/UOL Esporte
MP do RS quer impedir eventos no estádio Beira-Rio até o fim das obras visando a Copa do Mundo
A Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre do Ministério Público entrou nesta quinta-feira com uma ação, com pedido de liminar, para impedir que o Internacional realize qualquer evento no estádio Beira-Rio enquanto as obras de reforma não forem concluídas. Como o local não possui o alvará de prevenção e proteção contra incêndios e a carta de habitação é anterior às obras que visam a Copa do Mundo, o MP quer a interdição do complexo.
"Um tumulto generalizado em um estádio que compreende um canteiro de obras, sem os equipamentos de proteção e prevenção contra incêndio, envolvendo 30 mil ou mais pessoas, poderá gerar uma tragédia sem precedentes na história gaúcha e até brasileira", afirmaram os promotores de Justiça ao site do MP gaúcho.
A ação pede ainda a fixação de uma multa de 1 milhão de reais por evento realizado no local. Até o momento, o Internacional não foi comunicado da ação e o juiz da 16ª Vara Cível do Foro Central, Flávio Mendes Rabello, só irá se manifestar sobre o pedido de antecipação de tutela após o Internacional apresentar o contraditório.
"O Rio Grande do Sul é o único ente da federação que permite, até o momento, que os estádios em obras possam ser utilizados para a realização de eventos", ressaltaram os promotores.
Desde 20 de março, quando a Andrade Gutierrez retomou as obras que estavam paralisadas há mais de 270 dias, ocorreram oito partidas no Beira-Rio. Apesar de 158.873 pessoas terem assistido aos jogos no estádio, nenhuma ocorrência de vulgo foi registrada envolvendo os entulhos ou com qualquer objeto resultante da reforma.