Grande revelação do futebol uruguaio, Luis Suárez deixou o seu país quando tinha apenas 17 anos
Depois de conseguir igualar o seu melhor desempenho em Copas do Mundo nos últimos 40 anos, o Uruguai luta agora para seguir entre as principais seleções do planeta. A próxima grande missão da Celeste Olímpica é manter a qualidade técnica que apresentou na África do Sul para conseguir a classificação ao Mundial do Brasil em 2014 – os uruguaios só conquistaram a vaga nesta Copa na repescagem contra a Costa Rica.
Campeã mundial em 1930 e 1950, a seleção uruguaia precisa mais do que a classificação às semifinais - disputa a terceira colocação do Mundial no sábado contra a Alemanha, que foi superada pela Espanha por 1 a 0 nesta quarta-feira -, para voltar à elite do futebol. O país sofre com uma liga desprestigiada, com clubes quase falidos e estádios obsoletos.
Com este cenário, os jogos do Campeonato Uruguaio atraem pouco o interesse do público. O fraco desempenho dos times na Libertadores da América ilustra bem a crise. Terceiro maior campeão continental com cinco títulos, o Peñarol ganhou a sua última taça do torneio em 1987 – no ano seguinte, foi a fez do rival Nacional sagrar-se campeão.
Outro problema é êxodo de jovens jogadores para a Europa, como o atacante Luis Suarez. O atleta de 23 anos, que atua no holandês Ajax, deixou o futebol do seu país quando estava com apenas 17 anos para atuar Groningen-HOL. Caso semelhante aconteceu na carreira do artilheiro Diego Forlán, que nunca jogou profissionalmente no Uruguai.
Para o treinador Oscar Tabárez, que também comandou a Celeste na Copa da Itália-1990, o futebol Uruguai tem se distanciado muito das principais ligas europeias e é preciso acabar com esse abismo para voltar a sonhar com o tricampeonato mundial.
“A possibilidade de voltar a ser uma potência no futebol mundial não depende apenas de um resultado ocasional. É preciso ter organização e respaldo. É perverso que só se pense nisso por causa de questões circunstanciais”, disse Tabárez à véspera da derrota para a Holanda (3 x 2). “O mundo agora é muito diferente daquele da primeira metade do século 20, quando o Uruguai jamais perdeu uma partida de Copas do Mundo. A diferença entre o primeiro e o terceiro mundo é muito grande. É quase utópico pensar que o Uruguai possa se tornar predominante no futebol no futuro”, acrescentou.
Já o atacante botafoguense Loco Abreu disse que estar entre os quatro primeiros colocados da Copa da África será muito positivo ao futebol do seu país. “Estamos trabalhando com respeito, humildade e acreditando em projetos de longo prazo. Estamos vendo o reflexo no resultado aqui na África do Sul. Está sendo muito positivo para o nosso país”, analisou.
* Atualizada às 19h08
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