Assistente diz que não ver bola cruzar a linha em gol de Lampard foi 'fatalidade'

O bandeirinha uruguaio Mauricio Espinosa definiu como “fatalidade” o fato de não ter validado o gol do inglês Frank Lampard contra a Alemanha, nas oitavas de final da Copa do Mundo, quando as câmeras flagraram que a bola havia nitidamente cruzado a linha do goleiro Manuel Neuer.

“Não se pode falar de erro, já que não foi uma falha técnica. Isto foi uma fatalidade, numa bola muito rápida, que não pudemos ver quando quicou dentro do gol, por mais que eu estivesse me posicionado no local correto”, declarou Espinosa ao diário uruguaio El País em sua chegada em Montevidéu.

Àquela altura da partida, o gol teria feito a Inglaterra chegar ao empate por 2 a 2 se tivesse sido validado e poderia ter dado outro rumo ao confronto, que terminou com o placar de 4 a 1 para a Alemanha.

A polêmica reacendeu as discussões sobre o uso de tecnologias mais modernas e confiáveis que o julgamento dos árbitros nos gramados mundo afora. Fala-se na utilização de câmeras para que se possa decidir com precisão o desfecho de lances duvidosos e sensores nas bolas para que não reste dúvidas quando a bola ultrapassar a linha do gol, como no caso da Inglaterra.

“São coisas que podem acontecer no futebol”, reflete Espinosa, que conta que, no intervalo da partida, “observamos os comentários da televisão e esse foi o momento que nos demos conta do sucedido”.

“Foi uma amargura muito grande, por tudo aquilo que havíamos preparado, durante muito tempo”, reconhece o bandeirinha. Após o incidente, o trio de arbitragem liderado por Jorge Larrionda foi dispensado da Copa do Mundo.

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