Francescoli

Atacante técnico, esguio e elegante, Francescoli foi o último de uma pequena lista de jogadores uruguaios que ultrapassaram os limites do pequeno país para brilharem no exterior. Com ele em campo, o Uruguai venceu três Copas Américas. Apelidado de "El Principe", começou no pequeno Wanderers.

Quando juvenil, Francescoli foi rejeitado pelos times uruguaios Peñarol e River Plate. Mas, já em 1981, ele brilhava nas seleções de base do Uruguai, e chamou a atenção do River argentino, o time em que sua carreira deslanchou. Mas o começo não foi fácil.

Francescoli demorou para encontrar sua posição no River, e só começou a fazer diferença quando escalado para jogar no ataque. Ele já era conhecido como Príncipe, alcunha criada pelo jornalista uruguaio Victor Hugo Morales.

Vendido ao Olympique de Marselha, em 1986, foi campeão francês em 1990. Lá, ele ganhou um fã ilustre: o jovem Zinedine Zidane. O francês nunca escondeu sua admiração por Francescoli, e por isso ganhou uma camisa dele de presente após enfrentar o uruguaio pelo Juventus no Mundial Interclubes de 1996, contra o River Plate.

O próprio Francescoli chegou a revelar que Zidane usou a sua camisa por baixo do uniforme da França durante a conquista da Copa do Mundo de 1998. Fato mesmo é que o ídolo francês batizou seu filho de Enzo em homenagem ao uruguaio.

Francescoli participou das Copas de 1986 e de 1990, até parar em definitivo em 1998, com 37 anos de idade. Chegou a trabalhar na televisão norte-americana, mas atualmente mora em Buenos Aires e já avisou que não pensa em tornar-se treinador ou mesmo continuar sua carreira no futebol fora dos gramados.