Darío Pereyra

Quando o uruguaio Darío Pereyra chegou ao São Paulo, em maio de 1977, era um jogador bem diferente do que aquele que deixaria o clube, mais de dez anos depois. Para começar, jogava no meio-campo, vestindo a camisa 10 da seleção do seu país, da qual tornou-se capitão aos 20 anos de idade.

Seguiu-se, então, um longo período de adaptação, em que o futebol do craque demorou para ser aprovado. Até que, em uma emergência, o técnico Rubens Minelli resolveu escalar Darío como quarto-zagueiro. Ele surpreendeu e, com a concordância do técnico Carlos Alberto Silva (que substituiu Minelli), nunca mais saiu da posição.

Antes de fazer sucesso como zagueiro do São Paulo, Pereyra já tinha 14 gols em 34 jogos pela seleção uruguaia, jogando como meia. Quando chegou ao Brasil, precisou esperar a sua regularização antes de estrear, e nesse período recebeu uma oferta do Real Madrid. Ele rejeitou porque não tinha interesse de jogar na Espanha.

Após passar por Palmeiras e Flamengo, encerrou a carreira no Japão. Como técnico, chegou a dirigir o São Paulo, não deu certo, mas foi considerado um treinador injustiçado no Morumbi. O mesmo aconteceu quando ele treinou o Atlético-MG, time que classificou para as finais do Brasileiro de 1999, mas foi mandado embora antes mesmo de disputar o título.

Mesmo tendo feito mais sucesso jogando no Brasil do que no Uruguai, Darío vestiu a camisa da seleção celeste na Copa do Mundo de 1986, e participou de dois jogos, incluindo a derrota para a Argentina nas oitavas de final. Também esteve nas eliminatórias da Copa de 1978, mas o time não se classificou.