Patrick Mboma

Destoando da maioria dos renomados jogadores de futebol, o camaronês Patrick M’boma passou a ser notado tardiamente. Imigrou à Paris, levado pela família, quando tinha apenas dois anos de idade, e após passagem pelo Paris St. Germain, só foi atuar profissionalmente de fato aos 22 anos, pelo La Berrichonne de Chateauroux, time da terceira divisão do campeonato francês.

Apesar de ter vivido quase toda sua vida na França, o jovem atacante M’boma tinha sua referência no futebol africano e sonhava em chegar a qualquer lugar próximo de seu ídolo maior, Abedi Pelé. O início do caminho da fama começou em 94, quando finalmente passou a atuar na primeira divisão francesa, até 1997, jogando pelo PSG e pelo Metz.

A carreira de M’boma deu uma guinada quando o camaronês foi jogar no japonês Gamba Osaka, equipe pela qual marcou 29 gols em 34 jogos, o que despertou o interesse do Cagliari de 1998 e 2000 – o ano de sua consagração.

Isto porque M’boma foi o principal destaque da equipe que conquistou o título olímpico de 2000, em Sydney, batendo o Brasil nas quartas e a Espanha na final, decidida nos pênaltis. Era a primeira medalha de ouro de toda a história de Camarões.

Porém, o próprio M’boma reconheceu anos mais tarde que os títulos mais emocionantes de sua vida foram os do bicampeonato da Copa Africana de Nações, maior glória para um país africano (já que as chances na Copa do Mundo costumam ser reduzidas), vencidas em 2000 e 2002.

Ainda em 2000, o atacante foi eleito o melhor jogador africano do ano e foi defender o Parma, time recheado de estrelas como Cannavaro, Buffon e Thuram. M’boma também foi o maior artilheiro da história da seleção de Camarões, com 33 gols, mas já foi ultrapassado por Samuel Eto’o.