Lucas Radebe

Criado no bairro de Soweto junto com dez irmãos no regime do apartheid, Lucas Radebe conseguiu superar as dificuldades da infância e se tornar ídolo na Inglaterra e no seu país. Após jogar nas duas Copas que a África do Sul participou, ele se tornou embaixador da Fifa contra o racismo no futebol.

Radebe começou jogando como goleiro na adolescência, mas iniciou a carreira profissional como meia no Kaizer Chiefs, o time mais popular da África do Sul. Começou a atrair o interesse de empresários ingleses, o que pode ter causado um incidente que quase lhe tirou definitivamente dos gramados.

Quando voltava para sua casa em Soweto em 1994, Radebe foi baleado nas costas por um atirador não identificado. Na época, ele chegou a pensar em parar de jogar futebol, pois suspeitava que o tiro foi uma forma de tentar evitar sua transferência para o exterior.

Mas o episódio acabou motivando Radebe, que foi para o Leeds United e se tornou capitão do time inglês, sendo apelidado pelos torcedores de "The Chief". Levou o time à Liga dos Campeões de 2001, mas logo em seguida sofreu uma grave lesão no joelho que o deixou afastado por quase dois anos.

Neste período, rejeitou ofertas de Manchester United e Milan, alegando ter forte ligação emocional com o Leeds. Logo após se recuperar, defendeu a África do Sul na Copa de 2002, já com 33 anos, e usou a braçadeira de capitão nos três jogos da seleção, tendo inclusive marcado um gol contra a Espanha no ultimo jogo. No final de 2005, ainda no Leeds, Radebe anunciou sua aposentadoria.