Após "calar" o Maracanã em 1950 e decepcionar na Copa seguinte, o Brasil chegou à Suécia com um elenco promissor, que mesclava craques experientes e jovens talentos. Nesse último grupo estava Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, então com 17 anos, e Garrincha, o "gênio das pernas tortas".
No gol, o time tinha a segurança de Gilmar dos Santos Neves. A defesa contava com os craques Djalma Santos e Nílton Santos, enquanto no meio-campo a categoria ficava com Didi. Mesmo assim, a seleção brasileira teve dificuldades para chegar até a semifinal.
A equipe estreou contra a Áustria, conhecida pela solidez de sua defesa. Depois de um início equilibrado, o Brasil venceu bem por 3 a 0, gols de Mazzola (2) e Nilton Santos. Na rodada seguinte, o duelo foi contra a Inglaterra e, apesar de jogar melhor do que na primeira partida, a equipe brasileira não passou de um 0 a 0 - o primeiro na história das Copas.
Para o terceiro jogo, contra a União Soviética, o técnico Vicente Feola fez duas alterações. Recuperado de contusão, Pelé entrou no lugar de Mazzola. A outra substituição - entrada de Garrincha na vaga de Joel - só foi decidida na véspera do jogo, em um treino secreto.
Como o doutor Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação, foi consultar a opinião dos atletas mais experientes como Bellini, Nílton Santos e Didi, surgiu a lenda de que eles teriam liderado uma "rebelião" para obrigar Feola a escalar os dois jovens craques.
As mudanças deram certo. O Brasil deu um baile nos soviéticos e venceu "só" por 2 a 0, com dois gols de Vavá. Garrincha jogou tanto que esgotou os adjetivos da imprensa internacional - "assombro", "mercurial", entre outros. Classificado para as quartas de final, o time tinha encontrado sua formação ideal.
A retranca de País de Gales quase conseguiu segurar o ataque brasileiro, mas uma jogada genial de Pelé dentro da área garantiu a vitória por 1 a 0 e a vaga na semifinal. A partir daí, o que se viu foi um verdadeiro show de gols e jogadas de efeito que encantaram o mundo.
A França tinha uma das melhores equipes e o artilheiro da Copa, Just Fontaine. Mesmo assim, só conseguiu oferecer resistência nos primeiros minutos. Vavá fez 1 a 0, mas Fontaine empatou em seguida. Antes do intervalo, Didi recolocou o Brasil em vantagem. Na segunda etapa, Pelé desencantou, fez três gols e definiu a vitória (5 a 2).
Na final contra a Suécia, dona da casa, com Vavá e Pelé inspirados, os brasileiros aplicaram uma goleada de 5 a 2. Até os torcedores suecos se renderam ao talento da seleção e aplaudiram de pé os campeões mundiais. Na cerimônia de encerramento, o capitão Bellini, a pedido da legião de fotógrafos que tentava registrar o momento, levantou o troféu para o alto, gesto que passou a ser repetido por todos os campeões.
"Convencemos o técnico Vicente Feola a colocar Pelé no lugar do Dida. Pedimos que escalasse Garrincha no lugar de Joel. Feola atendeu." Didi dá a sua versão sobre o caso em que o técnico Feola teria sido obrigado pelos jogadores a mudar a seleção
Data | Fase | Jogos |
---|---|---|
08/06/1958 | 1ª fase | Brasil 3 x 0 Áustria |
11/06/1958 | 1ª fase | Brasil 0 x 0 Inglaterra |
15/06/1958 | 1ª fase | Brasil 2 x 0 União Soviética |
19/06/1958 | Quartas | Brasil 1 x 0 País de Gales |
24/06/1958 | Semifinal | Brasil 5 x 2 França |
29/06/1958 | Final | Suécia 2 x 5 Brasil |
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