Presidente da federação ganesa defende avião com dinheiro: "é normal"
Do UOL, em São Paulo
Kwesi Nyantakyi, presidente da Associação de Futebol de Gana, se defendeu sobre as queixas relacionadas ao avião que mandou para o Brasil com US$ 3 milhões em dinheiro para os jogadores de sua seleção. Em conversa com jornalistas, o dirigente da entidade disse que essa prática não é novidade.
"Em 2006, foi adotada a mesma prática. O dinheiro foi de Gana para a Alemanha, quando os jogadores receberam o dinheiro", disse. "Em 2010, o dinheiro foi de Gana para a África do Sul para pagar os jogadores", completou.
Apesar de considerar a prática normal, o dirigente falou que isso precisa ser refeito. "Temos de assinar contratos com os jogadores e colocar o modo de pagamento de maneira mais clara. Nós acreditamos que precisamos seguir em frente e olhar uma forma de renascer das cinzas para caminhar para nossas futuras campanhar", completou.
Foi se criada uma grande polêmica pela viagem de um avião para o Brasil com US$ 3 milhões em dinheiro, para pagar o bônus dos atletas antes da partida decisiva contra Portugal. O prêmio gerou brigas internas na entidade e até causou o afastamento de Kevin-Prince Boateng e Sulley Muntari.
A prática gerou críticas até de John Mahma, presidente de Gana. Ele pediu um inquérito para investigaram os problemas que levaram na eliminação dos africanos da Copa, além de tentar evitar que disputas salariais aconteçam no futuro.
Além das críticas do presidente ganês, o envio de dinheiro também gerou uma disputa política no país. A oposição do governo chegou até a falar em lavagem de dinheiro.
"Isso é um acontecimento embaraçoso completo para o país e para a África. É escandaloso e arruinou a boa reputação que o país conquistou em todo mundo", disse o Novo Partido Patriótico em comunicado oficial.
Mesmo com o pagamento, Gana foi eliminada da Copa do Mundo sem nenhuma vitória. Além da derrota por 2 a 1 contra Portugal, o país empatou com a Alemanha e perdeu para os EUA.