Os problemas relacionados à premiação que receberia no Mundial não podem ser usados como desculpa para a eliminação de Gana. Assim o capitão de Gana, Asamoah Gyan, analisou a saída da seleção africana na Copa do Mundo do Brasil após derrota de 2 a 1 para Portugal nesta quinta-feira, no Mané Garrincha.

"Eu tenho que fazer meu trabalho como capitão. Passamos por momentos difíceis, tivemos várias reuniões. Mas isso não é desculpa para perda de hoje. Temos que seguir fortes e ir adiante", afirmou o atacante, primeiro jogador africano a marcar gols em três copas do mundo.

Na última terça-feira, a seleção chegou até a cancelar um treinamento por conta dos problemas gerados pelo atraso no 'bicho' e houve ameaça de greve.

Os ganenses exigiram a premiação em dinheiro, e não por transferência bancária, o que gerou todo um esquema especial para que o valor em espécie chegasse às mãos dos jogadores. A quantia chegou de avião e teve escolta pesada da polícia em Brasília para chegar ao seu destino.

Isso, porém, não evitou que o time perdesse para Portugal e fosse eliminado da competição com apenas um ponto conquistado, no jogo da segunda rodada, no empate de 2 a 2 com a Alemanha.

"Nós estamos um pouco desapontados, mas fizemos o possível. Não sei o que dizer, ainda estou um pouco confuso. Viemos aqui para ganhar, mas infelizmente perdemos", acrescentou o jogador de 28 anos, que ainda espera fazer parte da seleção de Gana na próxima Copa do Mundo.

"Vamos começar de novo. Vamos pra casa relaxar, já que agora estamos fora da competição. Esperamos voltar a competir com força no futuro. Quero agradecer os nossos fãs, e quem sabe daqui a quatro anos estamos aqui [na Copa] de novo".