David Luiz e Thiago Silva custaram juntos para o PSG, da França, a bagatela de R$ 200 milhões. São os dois zagueiros mais caros da história do futebol. Antes mesmo dos franceses, Júlio César é quem se aproveita da segurança da dupla de zaga milionária do Brasil.

Com eles a sua frente, o goleiro brasileiro foi o que menos trabalhou durante a primeira fase da Copa do Mundo. Fez apenas cinco defesas. O rival do Brasil nas oitavas de final, Claudio Bravo, do Chile, por exemplo, precisou pegar 12 bolas nos três primeiros três jogos da primeira fase do Mundial. Só empate de 0 a 0 contra o Brasil, Ochoa, do México, salvou o time oito vezes.

A defesa é até agora o setor mais elogiado por Luiz Felipe Scolari na Copa do Mundo. Questionado se temia enfrentar o ataque do Chile, o treinador respondeu sem pestanejar.

"Sobre os meus zagueiros não tenho um pinguinho de receio, medo. São espetaculares, maravilhosos", afirmou Felipão. "Podem ser batidos como qualquer zaga. Numa ou outra jogada podem ser batidos, mas confio muito mesmo", completou.

Até agora, a seleção levou dois gols no Mundial, um contra a Croácia e outro contra Camarões. Ambos em jogadas pelo lado direito da defesa, em falhas de Daniel Alves. No treinamento da última quinta-feira, o jogador do Barcelona foi substituído por Maicon. Scolari não confirmou ainda se a mudança será confirmada para o jogo desta sábado, às 13h, contra o Chile, no Mineirão.

"Não vamos analisar atuações individuais. O esporte é coletivo, individual se fala em esportes individuais. Futebol é diferente. As avaliações são do time", afirmou Daniel Alves aos ser questionado sobre as falhas.

O discurso é o mesmo de quem foi elogiado. David Luiz é o rei das bolas recuperadas na seleção. Foram 16 nos três primeiros jogos da equipe, segundo a estatística oficial da Fifa.

"Primeiro defensor do nosso time é o Fred. Quanto ao nosso entrosamento é bom, começamos a marcar lá na frente", afirmou o zagueiro.

Diferentemente do que houve na Copa das Confederações, quando o time conseguia imprimir uma "blitz" nos adversários e pressionar a saída de bola, no Mundial a responsabilidade de roubar as bolas tem sido maior dos defensores. Por enquanto, tem dado certo. Júlio César agradece.