Duas mil pessoas vão a hotel e fazem festa na chegada da seleção brasileira
Paulo Passos e Pedro Ivo Almeida
Do UOL, em Belo Horizonte
A chegada da seleção brasileira a Belo Horizonte foi calorosa. Na noite desta quinta-feira, cerca de duas mil pessoas receberam o elenco no hotel onde a equipe ficará hospedada até o jogo contra o Chile, no sábado, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
Após passagens por Goiânia (fase de preparação), São Paulo, Fortaleza e Brasília, o time de Luiz Felipe Scolari teve, na capital mineira, sua recepção mais calorosa. Nem mesmo o atraso de quase 45 minutos desanimou a torcida.
Mesmo sem um contato mais próximo com os atletas, os torcedores gritaram e fizeram o possível para chamar a atenção dos jogadores. Como de costume, o nome mais aclamado foi o de Neymar. Mas Bernard também sentiu o carinho da torcida. Ex-jogador do Atlético-MG, o meia foi igualmente aclamado e, atencioso, parou para acenar para um dos milhares de fãs que estavam na porta.
A situação foi um pouco diferente no aeroporto. Numa área de lazer montada no terceiro andar do aeroporto de Confins mais de 100 torcedores viram a chegada da seleção brasileira. Avistar de longe os jogadores do Brasil descerem do avião e subirem no ônibus foi o máximo que conseguiu Helinton Costa.
"Esperava mais. Pelo menos ficar perto da pista", lamentou o técnico em eletricidade, enquanto esperava o avião do seleção pousar. Ele deixou a cidade de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, para tentar ver os jogadores da seleção.
A chegada das equipes nas cidades-sedes durante a Copa segue uma logística planejada pela Fifa. As delegações viajam em voos fretados e descem na pista dos aeroportos, sem contato com o público.
"O problema é esse adesivo, que tapa a metade do vidro", reclamava Helinton. Ele não era o único a se queixar.
A Fun Zone, montada para receber turistas e torcedores que vieram para Copa do Mundo, tem televisão, sofás, mesas e cadeiras, além de duas televisões e jogos eletrônicos. O vidro que dá vista para a pista de pouso foi parcialmente tapado com um grande adesivo que expunhas os patrocinadores do espaço, a Caixa Econômica Federal, a Infraero e o Governo Federal.
Às 20h55, o avião da seleção pousou na pista do aeroporto. Se acotovelando para chegar ao vidro cerca de 100 pessoas tentavam ver o avião. Quando a aeronave pousou houve gritos e buzinas. A alegria durou pouco.
"Não acredito que eles vão parar lá no meio da pista. Não dá para ver nada", reclamava Maria de Lurdes Machado, que trabalha no aeroporto e ficou uma hora além do expediente para tentar ver os jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari. "Alegria de pobre dura pouco mesmo".
Com o avião parado na pista num local com pouca iluminação os torcedores não conseguiam distinguir ente David Luiz e Neymar. Os jogadores desciam rápido e andavam cerca de 5 metros entre o avião e o ônibus.