A pista que foi dada por Luiz Felipe Scolari no treino da seleção brasileira na Granja Comary nesta quinta-feira (26) ao montar a equipe titular com Fernadinho no lugar de Paulinho foi confirmada pelo atacante Fred. Os elogios do jogador do Fluminense ao meia do Manchester City foram mais do que uma questão de cortesia profissional: serviram como boas-vindas para Fernandinho num momento em que ele substitui uma das referências da equipe montada por Felipão desde o ano passado.

Se não deixou também de afagar o ex-corintiano, Fred, que ao lado de David Luiz e Julio César é um dos "vice-capitães" de Felipão, não pareceu muito preocupado em esconder um pouco o entusiasmo com a atuação de Fernandinho contra Camarões – além de melhorar o combate no meio de campo, o meia do City ajudou a acelerar a saída brasileira para o ataque e coroou sua atuação com a arrancada que resultou no quarto gol da seleção em Brasília na segunda-feira – curiosamente, com a primeira assistência de Fred na Copa.

"O Fernandinho e o Paulinho são dois jogadores que me ajudam lá na frente e o sistema não muda tanto com a mudança. Mas o Paulinho entra mais na área sem a bola e o Fernandinho carrega mais. É um jogador de muita força e bem rápido", disse Fred.

Nas entrelinhas vinha um agradecimento: embora tenha agradecido ao apoio moral dos companheiros depois de ter passado em branco nas duas primeiras partidas da seleção na Copa e ficado perto de um desastre estatístico (vale link para a nossa do pior centroavante aqui), Fred também se queixou de ter ficado isolado no ataque, sem receber bolas de qualidade. "O time evoluiu contra Camarões e é natural que todos os setores tenham jogado melhor. As coisas estão melhorando para mim", afirmou.

Mas foi numa de suas últimas respostas na entrevista que Fred pareceu estar dando o maior recado para Paulinho, que estava um pouco abatido no treino de quinta-feira, apesar de ter marcado um belo gol em jogada individual no empate entre titulares e reservas. Perguntado se temia ser barrado, Fred foi incisivo. "Todo mundo que está aqui quer jogar, mas a preocupação maior tem que ser se doar ao máximo para o time. Não temo perder a vaga, não fico preocupado", finalizou.