Klinsmann diz que DNA dos EUA impede "jogo de comadre" com Alemanha
Luis Augusto Simon
Do UOL, em São Paulo
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AP Photo/Themba Hadebe
Técnico Jüergen Klinsmann sorri após gol da virada dos Estados Unidos sobre Portugal
Um empate entre Alemanha e Estados Unidos, nesta quinta-feira, em Pernambuco, selaria a classificação das duas seleções para a próxima fase da Copa do Mundo e afastaria as mínimas possibilidades de Portugal e Gana, com um ponto, que se enfrentam também às 13h, mas em Brasília.
Apesar disso, Jurgen Klinsmann, o alemão que dirige os americanos, afasta toda a especulação a respeito de um jogo "de comadres".
"Absolutamente, esse tipo de comportamento vai contra o que penso do esporte e também vai contra o DNA do cidadão norte-americano. Eles só pensam em vencer e não entenderiam uma atitude desse tipo. Os alemães também gostam de vencer sempre", afirmou.
O primeiro do grupo enfrentará Argélia, Rússia ou Coréia do Sul. Ao segundo colocado, restará lutar contra a Bélgica.
Klinsmann, que dirigiu a Alemanha em 2006, quando o terceiro lugar conquistado em casa foi amplamente comemorado, reconhece que será um jogo muito especial.
"Enfrentar a Alemanha não acontece todo ano, em um jogo decisivo de Copa é uma vez na vida. Vamos aproveitar esse momento e fazer de tudo para vencer", que ainda falou sobre o aspecto emocional do confronto.
"Estou ansioso para rever todos, jogadores que lancei e também meu amigo Low (era seu auxiliar e o substituiu desde então). Foi o time em que comecei a ser técnico, então será muito emocionante. Vou dar um abraço em todos e depois cumprir minha função profissional. Depois, abraço de novo".
Klinsmann lamentou o gol sofrido nos acréscimos da partida contra Portugal que determinou o 2 a 2 e impediu a classificação antecipada de sua equipe.
"Ah, tudo seria mais fácil se não fosse aquele gol. Não faria esse jogo contra a Alemanha tão especial. Agora, o que nos cabe é trabalhar muito superar a vantagem que eles tem de poder empatar".
Pela Alemanha, Klinsmann disputou 108 jogos e marcou 47 gols, sendo 11 deles em 17 jogos em Mundiais.