Os técnicos de Portugal e EUA são figuras únicas. Conheça a dupla

Felipe Pereira

Do UOL, em Manaus

Um técnico torcedor e outro dando uma de Muricy. Assim foram as coletivas de Estados Unidos e Portugal na Arena Amazônia neste sábado à tarde. O treinador dos EUA, Jurgen Klinsmann, deixou a bancada depois de algumas perguntas para ver o final da partida entre Alemanha e Gana. Paulo Bento, por sua vez, deu respostas atravessadas e engraçadas.

Klinsmann é alemão e brilhou com a camisa de seu país no título da Copa da Itália em 1990. Ele mencionou a partida entre Alemanha e Gana logo na declaração inicial à imprensa. Agradeceu aos jornalistas pela presença com um jogo tão eletrizante em andamento, que no caso era de times de seu grupo.

Mas parecia que era o treinador que não gostaria de estar na sala de coletivas. Depois de responder seis perguntas, ele anunciou que, como os jogadores Tim Howard e Jermaine Jones estavam chegando, iria se ausentar. Klinsmann levantou e saiu da sala.

Neste momento a Alemanha perdia por 2 a 1 em Fortaleza. O treinador voltou à coletiva somente quando o jogo acabou. No intervalo, viu Klose se igualar a Ronaldo como maior artilheiros em Copas. O técnico comentou que o resultado mostra como o grupo é equilibrado.

Enquanto Klinsmann chamou a atenção pelo lado torcedor, o comandante dos portugueses se destacou pelas respostas atravessadas. Questionado sobre as condições climáticas de Manaus, disse que falam tanto do assunto que mesmo num dia de frio não conseguiria esquecer  o calor e a umidade. Os jornalistas riram e ele permaneceu sério.

Perguntado sobre a escolha de Campinas para fazer a preparação para Copa, alvo de críticas da imprensa portuguesa por ser uma cidade com clima mais ameno que o local das duas primeiras partidas da equipe, retrucou que não sairá do Brasil especialista em meteorologia.

Em seguida falou que os motivos da derrota já foram explicados e atribuir a umidade e calor é não entender de futebol. Por fim, afirmou que o centro de treinamento virou assunto porque a imprensa precisa encher papel.

A respeito da situação difícil de Portugal, que será eliminada em caso de derrota, deu uma declaração dura e direta. "Temos que ser uma equipe madura, sermos homens neste momento. Sermos solidarios para dar uma resposta. Temos 90 minutos para jogar e 90 minutos para ganhar".

A imprensa de Portugal insistiu e perguntou como Paulo se sentia sabendo que treinadores importantes de seu país, como Carlos Queiroz, que comanda a seleção do Irã, colocavam o seu trabalho em dúvida. "Que eu posso dizer? Já fiz minha analise, não tenho que me preocupar com muito mais. Não vai mudar nada."

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos