Colômbia é recebida com festa e marca virada da Copa em Cuiabá
Guilherme Costa
Do UOL, em Cuiabá (MT)
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REUTERS/Paul Hanna
Torcedores da Colômbia, que já haviam feito grande festa antes do jogo contra Costa do Marfim, começaram a lotar ruas de Cuiabá
Acabou o marasmo em Cuiabá. A Colômbia deixou isso claro neste domingo, quando o ônibus da seleção nacional chegou ao hotel Deville. Recebida por pelo menos 200 torcedores e por grande festa, a equipe sul-americana marcou uma virada no ambiente da capital mato-grossense sobre a Copa de 2014.
A despeito de o maior público da Arena Pantanal até o momento ter sido registrado em Bósnia x Nigéria (40.499), as ruas de Cuiabá só ficaram visivelmente lotadas nos dias que precederam Chile x Austrália. Sobretudo por causa dos chilenos, foi impossível não notar a presença dos turistas na cidade.
O segundo jogo da Copa em Cuiabá foi Rússia x Coreia do Sul, e a mudança de perfil nas arquibancadas da Arena Pantanal foi nítida. O estádio teve menos estrangeiros e um percentual maior de torcedores locais, e isso refletiu no clima da cidade.
Foi assim também antes de Bósnia x Nigéria. O terceiro jogo da Copa em Cuiabá foi realizado no sábado do feriado de Corpus Christi. Na quinta-feira, as ruas da cidade ficaram vazias. A maior parte do comércio não funcionou.
Por tudo isso, o desembarque da Colômbia marcou uma virada. Cuiabá vai ter nos próximos dias o período de maior lotação da rede hoteleira em toda a Copa – mais até do que aconteceu antes de Chile x Austrália. Além disso, o barulho feito pelos colombianos já é perceptível nas ruas. Prova disso é que, assim como tinha acontecido com os chilenos, os torcedores da Colômbia gritaram neste domingo que estão jogando "em casa" no Mundial.
Neste domingo, os colombianos levaram instrumentos musicais e intercalaram músicas do país com cânticos de apoio à seleção enquanto esperavam que o ônibus chegasse ao hotel. "A Colômbia está fazendo um papel muito bom na Copa. Não tem como não ficarmos empolgados", resumiu a torcedora Beatriz Parra. Questionada por uma emissora de TV japonesa sobre o motivo de estar na porta do hotel, a colombiana que vive em Miami respondeu com um nome: "James Rodriguez".
O dono da camisa 10 da seleção colombiana também foi o nome mais presente em rodinhas de torcedores na porta do hotel. No entanto, não foi apenas o bom retrospecto da seleção que levou o público até ali.
"Eu vivo em Bogotá. Meus filhos vivem em Brasília e Paris, mas nossa família também tem gente em Miami e Nova York. Todos estão aqui para ver a Copa", relatou Joaquín Roca. O filho dele, que também se chama Joaquín e mora na capital brasileira, resumiu depois o que isso significa: "O que nos une é uma camisa. O que nos une é a nossa seleção".