Diante da tradicional rivalidade com os "hermanos", era esperado que o público brasileiro apoiasse em peso os seus adversários. O que não se imaginava é que tantos argentinos estariam no Maracanã, em condições de rivalizar nos gritos.

 

Em diferentes momentos da partida, os brasileiros conseguiram sufocar a cantoria argentina, seja xingando Messi, seja cantando o tradicional "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor…" Em raros momentos, os que vestiam verde e amarelo lembraram de apoiar os adversários, cantando: "Ole, olá, Bósnia!!!!"

 

Já os argentinos deram um show. Festejaram Messi quando o nome do camisa 10 foi anunciado. Apoiaram o jogador quando ele chutou longe uma cobrança de falta. E enlouqueceram depois do gol do jogador, no segundo tempo. A partir daí, com 2 a 0 no placar, o Maracanã ficou com cara de Bombonera ou outro estádio argentino.

 

A torcida cantou diversas músicas em homenagem à seleção. Fez provacações tradicionais com os brasileiros – dizendo que Maradona é maior do que Pelé. E, especialmente, apoiou a sua equipe, que não fez uma boa partida, do início ao fim do jogo.

 

Menos animada no segundo tempo, a torcida brasileira voltou a fazer barulho no final da partida, nos cinco minutos finais, depois que Ibesevic fez o gol da Bósnia. "Argentina, pode esperar, a sua hora vai chegar", gritaram os torcedores, enquanto os "hermanos" festejavam o triunfo apertado, por 2 a 1.

 

A troca de provocações entre torcedores dos dois países resultou num princípio de briga entre três argentinos e alguns brasileiros. Depois da intervenção da polícia, o incidente foi resolvido.

 

Na visão de quem esteve também na abertura da Copa, na partida entre Brasil e Croácia, a torcida brasileira no Itaquerão demonstrou muito menos entusiasmo que a argentina no Maracanã. Mas é bom lembrar que a plateia da estreia era formada por muitos convidados e "vips". O apoio que a seleção brasileira ganhou durante a Copa das Confederações foi considerado uma arma essencial na conquista do título.