Após o termino da primeira rodada dos grupos A e B, a seleção brasileira teve a chance de ver em ação os seus adversários na primeira fase e numa esperada oitavas de final. O rival na próxima fase sairá do grupo B, que teve jogos empolgantes, com média de cinco gols por partida. Chile, Espanha, Austrália e Holanda, um deles pode pegar o Brasil na primeira etapa do mata-mata da Copa. Apesar dos jogos do grupo B encantarem mais, os números gerais são semelhantes aos apresentados na estreia do Brasil, a vitória contra a Croácia, por 3 a 1.

Maior destaque da primeira fase, a Holanda, que arrasou a atual campeã mundial Espanha e venceu por 5 a 1, teve menos chutes ao gol, cruzamentos e desarmes que o Brasil na sua estreia.

O único dado estatístico que os holandeses ficam muito à frente dos brasileiros é o número de faltas. Foram 18 nos noventa minutos contra cinco da Espanha. O time de Luiz Felipe Scolari também fez apenas cinco faltas na vitória sobre a Croácia. Mesmo assim, conseguiu levar dois cartões amarelos. 

Em chutes ao gol, o Brasil foi melhor que todos os times do grupo B. Tentou marcar 14 vezes, contra 11 chutes dos chilenos, 13 dos holandeses, 13 dos australianos e 9 dos espanhóis.

Scolari justificou o sufoco no jogo de estreia, que o Brasil saiu perdendo e só conseguiu desempatar após um pênalti polêmico, pela qualidade do rival.

"Eu apostaria neles (croatas) para uma das vagas do nosso grupo. Dificilmente uma equipe tem condições de fazer igual os cruzamentos que eles fizeram. Eles têm muita qualidade, temos que elogiar", afirmou o técnico brasileiro após a vitória.

Sobre os prováveis futuros rivais, Felipão já afirmou mais de uma vez que teme o Chile, apesar do favoritismo maior estar com Holanda e Espanha. A comissão técnica da seleção aposta que a atual campeã do mundo tem muitos jogadores desgastados e que os chilenos seriam os mais cotados para ficar com a segunda vaga do grupo, considerando a Holanda como principal candidata à primeira colocação.

Na estreia, os sul-americanos venceram a Austrália, por 3 a 1. O time de Valdivia, ex-jogador de Felipão no Palmeiras, foi o que teve maior posse de bola até agora na Copa do Mundo. Esteve 63% do tempo com ela nos pés dos seus atletas.

Assim como os jogos dos rivais da primeira fase, México e Camarões, as partidas do grupo B foram acompanhadas pelos observadores da seleção brasileira. Roque Júnior e Alexandre Gallo se dividiram nesta sexta-feira. O ex-zagueiro foi a Salvador e viu a goleada da Holanda. Já o coordenador das categorias de base foi a Natal assistir à vitória dos mexicanos sobre Camarões. Nos próximos dias, a dupla se encontrará com Scolari e Carlos Alberto Parreira para passar os relatórios sobre os rivais.