Pênalti de Nishimura a favor do Brasil faz EUA mudar conceitos de defesa
Luís Augusto Símon
Do UOL, em São Paulo
O pênalti que o japonês Nishimura apitou a favor do Brasil contra a Croácia deixou os jogadores dos Estados Unidos preocupados.
"Para mim, não foi pênalti, e agora vamos ficar muito atentos para que não haja nenhum toque dentro de nossa área. Não queremos mais contato para evitar penaltis contra nosso time", disse o volante Jermanie Jones.
O goleiro Tim Howard foi menos incisivo. "Eu dormi durante o jogo do Brasil, acordava em alguns momentos, como na hora do pênalti, quando me chamaram para ver. Não considerei um contado suficiente para que fosse pênalti, mas esse é o trabalho do árbitro e não meu. Vamos trabalhar para que nosso árbitro não tenha dúvidas. Não vamos dar motivo", afirmou.
Jones, de 32 anos, ironizou Howard, de 35. "Ele é velhinho, precisa dormir mesmo".
A delegação viajou para Natal, onde a seleção estreará contra Gana na segunda-feira. "Eu estou um pouco nervoso. Todo mundo fica assim antes de uma estreia e procuro superar isso relaxando bastante", disse o volante Graham Zusi.
O quarto-zagueiro Matt Besler respondeu à pergunta que não agradou à assessoria de imprensa da delegação. Era a respeito da segurança. "Eu acho ótimo que haja grande segurança, estou acostumado e não me atrapalha em nada".
Em seguida, o assessor David Applegate avisou a todos que perguntas sobre o assunto deviam ser dirigidas a ele a nunca aos jogadores.
E a segurança, uma vez mais, era grande. Havia aproximadamente 30 soldados em frente ao hotel. Enquanto os jogadores participavam da zona mista, havia um verdadeiro time com dez soldados e um segurança do hotel impedindo qualquer tipo de aproximação. "É triste essa paranoia. Só queria dar uma olhada e fui afastado totalmente", disse Sérgio Silveira, catarinense que estava passando por perto do hotel e resolveu buscar um autógrafo.
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