Chefe da Fifa perdoa árbitro japonês ao mostrar foto com agarrão em Fred
Rodrigo Mattos e Vincícius Konshinski
Do UOL, em São Paulo
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Rodrigo Mattos/UOL
Imagem mostrada por Massimo Bussacca para defender marcação do pênalti sobre Fred contra a Croácia
O chefe de árbitros da Fifa, Massimo Bussacca, afirmou que o pênalti sobre Fred, na estreia da seleção brasileira contra a Croácia, foi marcado porque não são permitidos agarrões na área. Sua alegação é que, com isso, criou-se uma situação duvidosa. Assim, ele perdoou o juiz japonês Yuichi Nishimura, embora não confirme se houve pênalti. Mas ele não confirmou se o árbitro voltará a ser escalado.
Ao explicar os procedimentos para os árbitros, Bussacca mostrou uma foto em que o croata segura o braço de Fred. Houve de fato contato, mas imagens em vídeos mostram que foi fraco e não suficiente para derrubar o centroavante brasileiro.
"O árbitro teve essa imagem. Ele tem que se concentrar no gesto. E quando ele (árbitro) vê o jogador fazendo alguma coisa, ele não é o defensor e o atacante para dizer quanto foi e quanto não foi a carga (suficiente para derrubar). Tinha boa posição. Mostrei a eles que não queríamos ver agarrões nesse nível de competição", afirmou o chefe dos árbitros.
Anteriormente, ele mostrou um vídeo que foi usado como instrução para aqueles que vão apitar no Brasil. No vídeo, dois jogadores são agarrados na área, sem que fique claro se houve uma falta ou não, pelo menos pela câmera mostrada no vídeo.
"A mentalidade do time era de agarrar, mas foi dado o lance dado. Mas o árbitro está concentrado na situação. O gesto é importante. Quando vê um gesto claro, quanto há o gesto. E essa é a parte mais difícil, questão de dúvida. Quanto foi? Foi o bastante. Alguns dizem sim, alguns dizem não"; contou.
Mas Bussacca não informou se Nishimura continuará na competição ou não. "Impossível porque ainda não analisamos o jogo inteiro, não se trata apenas de um lance. Ainda não decidimos os próximos jogos", disse. O chefe da arbitragem lembrou ainda que não haverá nenhum tipo de punição efetiva.
"Não é correto falar em punição. Não há punição. Não é respeitoso falar em punição. Isso só aconteceria se não houvesse uma decisão honesta do que se viu. Não pode falar em punição. Estamos aqui para tentar o melhor. Todo mundo comete erros. Vamos avaliar os árbitros", explicou.