O Recife foi o destino escolhido por cerca de 3.500 mexicanos que vão acompanhar a seleção durante a Copa do Mundo. O grupo, que vem chegando aos desde essa terça-feira (10) em aviões fretados, não fica em hotéis, mas sim no navio MSC Divina, atracado no porto da capital pernambucana.

Os dois primeiros aviões chegaram ao Recife nesta terça-feira (10). Outro 10 voos chegaram nesta quarta-feira, e trouxe a tradicional animação mexicana.

Um dos hóspedes do navio é o ex-presidente mexicano Felipe Calderón. Simpático, o político cumprimentou e tirou fotos com mexicanos que aguardavam acesso ao navio no terminal de passageiros do porto.

Questionado pelo UOL sobre a confiança na seleção, ele disse que tinha boa expectativa, mas que não poderia dar entrevistas. "É uma ordem nossa, de que ex-presidentes não devem dar entrevistas", despistou.

Confiança em alta

A estreia do México será no sábado (14), na Arena das Dunas, em Natal, contra a seleção de Camarões. Na madrugada do sábado, entre 75 e 80 ônibus sairão do Recife levando os hóspedes para Natal, com retorno no mesmo dia, após a partida.

No dia 15, o navio parte para Fortaleza, onde no dia 17 enfrenta o Brasil, na arena Castelão. A última partida será dia 23, contra a Croácia, na Arena Pernambuco.

Apesar de cair no grupo do Brasil e ter tido dificuldade de classificar para a Copa, os torcedores demonstraram confiança na passagem à segunda fase e falam até em um triunfo contra a seleção, na segunda rodada do grupo 1 da Copa.

"Venceremos por 3x0", disse José Luiz, funcionário da Corona, marca de cerveja mexicana. Questionado se a partida não seria difícil, o mexicano zombou da nossa seleção. "Sim, será difícil... para o Brasil. Não lembram da Olimpíadas?", provocou, arrancando risos de torcedores que estavam por perto.

O dentista Hugo Martinez também está confiante no sucesso da seleção e disse que gostou da opção de hospedagem em um navio. "Foi uma boa ideia, algo bem interessante. Todos nós estamos confiantes na boa campanha", afirmou.

Águas internacionais

Segundo apurou o UOL, o navio parte, nesta noite, para águas internacionais (200 milhas da costa brasileiro). O motivo seria para poder usar o cassino, já que a lei brasileira não permite a atividade e para fazer venda de produtos em suas lojas sem pagar impostos.

O navio que aportou no Recife é um dos maiores da categoria do mundo, com 333 metros de cumprimento e 18 andares. Ele tem quatro piscinas –uma com borda infinita--, sete restaurantes e um teatro com mais de 1.600 lugares.