Mesmo em um dia de caos, São Paulo mostra que #vaitercopa

Gustavo Franceschini, Luis Augusto Simon, Paulo Passos e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

Com greve de metroviários, trânsito recorde, chuva e um jogo no meio do expediente, a expectativa era de um caos cercando o amistoso entre Brasil e Sérvia, no Morumbi. Na prática, não foi bem assim. Apesar de todos os problemas, São Paulo mostrou que, sim, vai ter Copa na maior cidade do país.

Na última sexta, a capital paulista enfrentou o segundo dia da greve dos metroviários, que paralisou parte do transporte público. Pela manhã, o trânsito chegou a 239 km, o terceiro pior desde que as medições começaram a ser feitas, em 1994.

A preocupação atingiu os jornalistas estrangeiros que, com a chegada da seleção, já estão em bom número nos amistosos e treinos que ocorrem no Brasil. Diego Macias, do Olé, por exemplo, chegou a questionar a reportagem sobre uma possível partida sem público, dadas as condições da cidade.

A partir das 10h, a chuva engrossou o caldo de problemas. Intermitente, a garoa que costuma travar as ruas de São Paulo castigou especialmente a região do Morumbi, fazendo a festa dos ambulantes que vendiam capas de chuva. Só que nada disso afetou drasticamente a rotina do torcedor, ao menos daquele que vai frequentemente ao estádio.

Se não teve plano especial de tráfego ou isolamento do local com bloqueio e ruas, o amistoso também não excedeu o que se imaginava de trânsito para um jogo com mais de 60 mil pessoas. As ruas próximas ao Morumbi tinham congestionamento, mas não impediram o público de chegar com calma ao estádio.

Alguns sofreram um pouco, é claro. No aeroporto de Congonhas, por exemplo, a espera por um táxi comum chegava a 50 minutos, atrapalhando a vida de quem chegava a São Paulo apenas para acompanhar a partida.

Com ou sem percalços, mais de 67 mil pessoas compareceram ao estádio e deram aos organizadores do jogo a terceira maior renda da história do futebol brasileiro: R$ 8.693.940,00. O Morumbi, que não receberá a Copa, foi repaginado para receber os patrocinadores da seleção. Os convidados das marcas puderam, por exemplo, consumir cerveja à vontade nos camarotes, o que não acontece em jogos normais do Campeonato Brasileiro.

Durante os 90 minutos, teve "ola", assédio a Neymar e coro pelo Brasil. O placar magro e a dificuldade não desanimaram o público, que vaiou só o "básico" e, na maior parte do tempo, apoiou a seleção.

A força veio como se poderia esperar em um torneio importante como a Copa do Mundo. Quem foi ao Morumbi vestiu verde e amarelo e deixou em casa o clubismo, tradicional em situações como essa. O único resquício disso foi o pedido por "Luis Fabiano" no segundo tempo, que Fred tratou de enterrar minutos depois fazendo o gol da vitória. 

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