Se o México for como seu "espelho" Panamá, o Brasil pode ficar tranquilo
Gustavo Franceschini e Paulo Passos
Do UOL, em Goiânia
O Panamá foi a Goiânia para um amistoso às vésperas da Copa do Mundo por um motivo bastante específico: ser o "espelho" do México, time que tira o sono de qualquer técnico da seleção, inclusive Felipão. Pelo que mostrou nesta terça, porém, o time centro-americano está longe de ameaçar como Chicharito e companhia. Ou, então, já dá para dizer que o Brasil terá vida fácil na Copa do Mundo.
"Acho que o México tem jogadores de mais qualidade, mas o que o Felipão quis dizer foi na filosofia. O Panamá não conseguiu sair muito no contra-ataque, não tem jogadores rápidos como o México", avaliou Dante.
O time que entrou de vermelho no gramado do Serra Dourada não parecia ser uma seleção que, há poucos meses, ficou a segundos de distância da Copa do Mundo. Na última rodada das Eliminatórias, o Panamá só perdeu a vaga nos minutos finais, quando levou um gol dos Estados Unidos, que já estavam classificados para o torneio.
Quem ficou com a vaga? Justamente o México, que apesar da campanha vexatória chega ao Brasil com boas chances de passar à segunda fase, em um grupo com Croácia e Camarões em igualdade de disputa e o Brasil como maior força. E para os mexicanos, a camisa verde-amarela nem costuma pesar tanto assim.
A equipe que hoje tem Javier Hernandez, o Chicharito, como maior destaque é uma asa negra do Brasil. Foram os mexicanos, por exemplo, que impuseram a maior derrota à geração atual, na final dos Jogos Olímpicos de Londres. Felipão, na semana passada, foi flagrado pelo Jornal Nacional dando uma bronca em sua equipe. "Já tomamos dez gols do México assim", dizia ele enquanto coordenava a marcação.
O Panamá não ofereceu tanta resistência. Nos primeiros minutos, o time até tentou trabalhar a bola e não deixou o Brasil trocar passes com tanta facilidade. O goleiro McFarlane abriu o caminho, soltando uma bola fácil em um cruzamento e pulando pouco no chute de Daniel Alves.
Daí em diante, o Panamá pouco fez. Na defesa, deixou muitos espaços e perdeu a noção de esquema tático depois de levar o terceiro gol. No ataque, parou na cobertura da seleção, que se acertou depois de um começo de jogo um pouco estabanado.
"O que eu espero é que a gente possa um fazer grande jogo defensivamente como fez com esses jogadores. Sempre é difícil você comparar jogadores, todos têm muita qualidade, por isso cada um defende a seleção de seu país", disse David Luiz.