Posição de confiança, o goleiro da seleção brasileira, ao que tudo indica, será Júlio César, campeão da Copa das Confederações em 2013 e dono de uma experiência de três Copas do Mundo. É assim que pensa Jefferson, reserva imediato do ex-flamenguista. O próprio Júlio, porém, prefere adotar uma postura diferente ao falar do assunto. 

"Eu não me sinto titular. Estou ao lado de dois goleiros que têm capacidade de ser titular na seleção brasileira. Eu saio na frente por ter ganho a Copa das Confederações, por ter pego pênalti, mas um ano se passou e isso é passado", disse Júlio César. 

A confiança que Felipão deposita no goleiro é tão grande que o treinador "antecipou" a sua convocação para diminuir a pressão sobre o jogador. Júlio ficou sem espaço em seu clube depois da Copa das Confederações e só voltou a jogar regularmente neste ano, ao fechar com o Toronto, do Canadá. Mesmo assim, Jefferson fala claramente sobre o status do colega. 

"Não podemos ser hipócritas. O Júlio hoje é o titular. A gente sabe disso, por tudo que ele já fez na seleção. Eu digo que a vaga segue aberta no sentido de espaço. Ninguém veio cumprir tabela. Vamos treinar para mostrar que temos condição de ser titular. Temos esse respeito pelo Júlio, por tudo o que ele fez na seleção. Mas prezo o respeito pela decisão do Felipão. Quando ele falar quem vai ser, vamos abraçar e comemorar juntos", disse Jefferson.

Na teoria, Jefferson é o substituto imediato de Júlio César. Na manhã desta terça-feira, os dois atletas e Victor foram a campo participar de treinamento específico para os goleiros.

Também na disputa, Victor entoou o discurso de que o trabalho coletivo está acima da vaidade pessoal. Quem estiver na reserva vai incentivar o titular, defende o goleiro do Atlético-MG.

"Há uma disputa saudável, com companheirismo. A concorrência é boa porque um puxa o nível do outro. Quem tem a ganhar com isso é a seleção", diz Victor.