Após protestos, Copa terá polícia 'paz e amor' e exército camuflado

Fernando Duarte e Ricardo Perrone

Do UOL, na Costa do Sauípe

Protesto na Copa das Confederações
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Depois dos violentos protestos durante a Copa das Confederações, o Governo Federal quer melhorar o relacionamento entre policiais e integrantes de movimentos populares visando à Copa do Mundo. Num briefing realizado nesta quarta-feira na Costa do Sauípe, como parte das atividades preliminares para o sorteio dos grupos do Mundial, na sexta-feira, a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) anunciou que irá criar um protocolo de atuação dos policiais para que o procedimento nos protestos seja padronizado. 

"Estamos fazendo um seminário de gestão, colhendo várias propostas. Esta semana estão reunidas as polícias de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, trabalhando nesse contexto de definir um protocolo de atuação, adotar as boas práticas durante atos violentos em movimentos populares", disse Andrei Rodrigues, secretário da Sesge.

No briefing também foi anunciado que a expectativa de repetição dos protestos que marcaram a Copa das Confederações não resultará na presença mais ostensiva das Forças Armadas nas ruas das cidades-sede durante o Mundial , como forma de evitar uma visão de um Mundial ''sitiado''. A afirmação foi feita pelo general Jamil Megid Jr., responsável pela coordenação das operações das Forças Armadas para a Copa e as Olimpíadas de 2016.

"Nosso trabalho não é agir de maneira ostensiva, mas sim garantir o apoio ao aparato de segurança para as operações necessárias. Não é nem do nosso interesse nem da Fifa que criemos um clima de tensão", explicou Megid.

Outra meta da Sesge é manter um diálogo com os membros de movimentos populares para que as regras de atuação das forças de seguranças fiquem definidas. Mas o Governo Federal também já intensificou as ações de inteligência para avaliar os riscos de atos violentos em protestos durante a Copa do Mundo.

"Houve erros cometidos (durante a Copa das Confederações) e desde o meio do ano temos estudado mudanças. Estaremos preparados para uma repetição dos protestos, mas agora evitaremos algumas questões problemáticas, sobretudo de posicionamento de bloqueios e de engajamento com manifestações. Mas é preciso ficar claro que em nenhum momento estamos pensando em reprimir manifestações. Só queremos preservar também a segurança de espectadores durante a Copa do Mundo, completou Rodrigues.

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