A Odebrecht, por meio de nota oficial, comunicou que apesar da queda de estrutura metálica em um setor do Itaquerão, o estádio não foi comprometido, descartando eventual necessidade de demolição de toda a obra. A empreiteira responsável pela construção do estádio do Corinthians informou que um guindaste tombou durante o serviço, provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste. Pouco tempo depois, Frederico Barbosa, gerente operacional da construtora, confirmou o posicionamento. 

"A estrutura não sofreu nenhum comprometimento. Foi uma peça metálica da cobertura. Não teve comprometimento. Houve danos em uma parte do prédio, mas nada que atrapalhe a estabilidade", disse Barbosa.

Frederico ainda afirmou que a operação do guindaste estava dentro do planejado e sem nenhum problema. Assim, é necessário aguardar a perícia para saber o que causou o acidente.

"A operação estava correta. O guindaste içou a peça e estava em evolução. Nada fora do programado. Esperamos uma semana, as condições estavam ideais. É esperar a perícia", analisou.

A empresa Locar, proprietária do guindaste LR 11350, também lamentou o ocorrido e disse que toda a sua equipe colaborará ativamente com as autoridades na apuração dos fatos. O guindaste, com capacidade para 1.5 mil toneladas, está no canteiro de obras da Arena Corinthians desde o segundo semestre do ano passado e é responsável pela montagem da cobertura da arquibancada.

O estádio estava com 94% das obras concluídas. A previsão é que o estádio seria entregue em dezembro, prazo combinado com a Fifa.

Em nota oficial, a Fifa informa que aguardará investigações sobre o estádio, não dando qualquer posicionamento sobre a hipótese de retirar o estádio dos planos da Copa do Mundo.

O acidente matou dois funcionários da obra. O cearense Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, era casado e pai de três filhos. Era quem controlava o caminhão no momento do acidente. A outra vítima é Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, natural de Limeira, no interior de São Paulo. Ronaldo era casado e pai de uma única filha.

A empreiteira informou que o guindaste utilizado tinha capacidade para suportar até três vezes a carga exercida. O motivo do tombo do veículo será investigado, acrescenta a Odebrecht.