Didier Deschamps, técnico da seleção francesa (e capitão da França campeã do mundo sobre o Brasil em 1998), declarou que "ainda acredita" na classificação de sua equipe para a Copa do Mundo de 2014, mesmo após a derrota por 2 a 0 sofrida em Kiev para a Ucrânia, na repescagem europeia.

Segundo ele, o duelo "foi apenas o primeiro jogo". "Há o segundo passo ainda. Devemos elogiar a Ucrânia, não é um time fácil de enfrentar. Não estamos em uma boa posição, mas você tem que acreditar. Faremos de tudo para inverter", declarou, em entrevista coletiva pós-jogo.

Para ele, um dos indícios de que a França pode virar a repescagem foi o volume de jogo da equipe na partida de ida.

"O primeiro tempo foi equilibrado. N segundo tivemos oportunidades, mas nos abrimos e isso deu energia para os ucranianos. E o segundo gol foi erro nosso (pênalti). Vamos nos recuperar e traçar um plano de jogo para inverter o placar. Vamos usar todas as forças que temos para alcançar o objetivo", completou Deschmaps.

Só que o pensamento positivo do comandante da seleção azul não reflete o que a torcida sente após a derrota, pelo menos de quem votou em enquete promovida pelo jornal Le Parisien.

Até esta manhã, 89,7% dos leitores do jornal haviam votado que não acreditam na virada da França e na consequente vaga na Copa-2014.

Um dos supostos "culpados" pelo resultado ruim foi o meia Nasri, que perdeu um gol cara a cara com o goleiro da Ucrânia quando o jogo estava 1 a 0. Ele assumiu o erro em entrevista no desembarque da equipe na França.

"Não hesitei. Meu primeiro pensamento foi cruzar, mas quando abaixei a cabeça vi que ele já estava perto. Mas não me arrependo. Porém, vou repetir o lance na minha cabeça 200 mil vezes até terça pensando em ter outra na terça", declarou o jogador do Manchester City.

A França recebe a Ucrânia para a partida de volta na próxima terça-feira, em Paris, às 18h (de Brasília). Os franceses precisam vencer por três gols de diferença. Novo 2 a 0 leva para a prorrogação e gols fora de casa são critérios de desempate – portanto, se a Ucrânia marcar um, a França precisará de quatro.