Manifestantes anunciam dia de protestos e passeata até Maracanã no domingo
Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
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Bruno Freitas/UOL
Lado de fora do Maracanã visto do alto
A final da Copa das Confederações deve ser marcada por um "dia de protestos" no Rio de Janeiro. O Comitê Popular da Copa da capital fluminense e outros movimentos de manifestantes estão preparando uma série de ações no domingo, dia do jogo entre Brasil e Espanha, no Maracanã. Os ativistas planejam, inclusive, fazer uma passeata até o estádio horas antes da partida.
Nesta sexta-feira, o comitê popular, grupo reúne alguns movimentos sociais que monitoram a preparação para os grandes eventos esportivos, anunciou o plano do seu ato no dia da final da Copa das Confederações. O comitê pretende se reunir na Praça Saens Peña, que fica perto do Maracanã, a partir das 10h. Dali, eles vão caminhar até o estádio. Querem chegar ao espaço no início da tarde.
"Esse será o quinto ato que faremos no estádio. Não queremos entrar em conflito com a polícia", avisou Renato Cosentino, um dos integrantes do comitê. "Esperamos que não haja bloqueio e que a polícia aja como deve agir. A polícia tem que garantir a segurança das pessoas que têm o direito de se manifestar."
Marcelo Edmundo, que também integra o comitê, afirmou que o ato organizado pelo grupo terá duas grandes reivindicações: a paralisação das remoções arbitrárias de comunidades por obras da Copa e Olimpíada e a anulação da privatização do Maracanã, que já foi concedido a um grupo de empresas da qual fazem parte a Odebrecht e o empresário Eike Batista.
Edmundo avisou, entretanto, que a caminhada do Comitê Popular da Copa não será a única manifestação programada para o domingo. "Vários grupos estão se articulando", afirmou. "Convidamos todos a participar do nosso ato e nós do comitê também pretendemos participar de outras manifestações."
Segundo outro integrante do comitê, Gustavo Mehl, justamente pela grande mobilização, é impossível prever quantas pessoas estarão nas ruas no próximo domingo. Ele também ressaltou que a intenção do grupo não é entrar em confronto com as forças de segurança. Entretanto, disse que espera a colaboração do comando da polícia.
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