Última derrota para o Uruguai gerou impasse entre Romário e Felipão

Paulo Passos

Do UOL, em Belo Horizonte

  • Antônio Gaudério/Folha Imagem

    Luiz Felipe Scolari observa Romário durante treino da seleção brasileira, na Granja Comary

    Luiz Felipe Scolari observa Romário durante treino da seleção brasileira, na Granja Comary

Há quase 12 anos o Brasil não perde para o rival desta quarta-feira, no Mineirão, com acompanhamento em tempo real do Placar UOL. A última vitória dos uruguaios no clássico sul-americano foi em 2001 e tinha o atual técnico do time no banco de reservas. Luiz Felipe Scolari fez a sua estreia como comandante da seleção no jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.

A partida marcou a primeira e única vez de Romário no Brasil de Felipão, que um ano depois venceu o Mundial. Na derrota, por 1 a 0, no estádio Centenário, o "baixinho" foi capitão do time. Depois, acabou limado do time de Scolari.

Mais do que a atuação apagada, foi um deslize do atacante fora do campo que queimou o seu filme com Felipão. A história não é confirmada pelo técnico nem pelo jogador. Outros atletas presentes no jogo, porém, relatam a derrapada de Romário, que não teria respeitado a determinação de concentração total no hotel e levado uma aeromoça, que trabalhava no avião usado pela CBF, para o quarto.

"O Felipão acreditou nisso, mas não teve. Se fiquei de fora da Copa por causa disso, perdi duas vezes. Não fui à Copa e não comi a aeromoça, que era a maior gostosa", disse Romário, em entrevista ao jornal "O Globo", em 2010.

À época coordenador técnico da seleção, Antônio Lopes diz desconhecer a história. "Se houve eu não fiquei sabendo. Mas não acredito que tenha acontecido isso, não. O Romário ficou fora da Copa por uma escolha de ordem técnica do Felipão", afirmou ao UOL Esporte.

A derrota em 2001 deixou o Brasil ameaçado de não disputar a Copa de 2002. A seleção ficou na quarta colocação nas eliminatórias.

"Se eu tivesse receio (de não chegar ao Mundial), não teria assumido o cargo. Não vou ser o único técnico a não classificar o Brasil para uma Copa", desabafou Felipão, em 2001, após o jogo em Montevidéu.

APÓS SER BARRADO POR PARREIRA, ROMÁRIO BRILHOU CONTRA URUGUAI

  • Assim como Felipão, Parreira, atual coordenador técnico da seleção, também barrou Romário. Isso foi em 1992, após o atacante reclamar por ter ficado na reserva em amistoso da contra a Alemanha, em Porto Alegre. Ele deixou de ser chamado pelo treinador, que só voltou a convocar o "Baixinho" em 1993, nas eliminatórias da Copa de 94. Assim como no Mundial, o atacante foi decisivo e marcou os dois gols da vitória no Maracanã.

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