Felipão toma chimarrão e relembra quando dirigiu o Grêmio em 3 jogos no mesmo dia
Luiz Paulo Montes
Do UOL, em São Paulo
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Luiz Paulo Montes/UOL
Gaúcho, Luiz Felipe Scolari não deixa tradições de seu estado para trás
Gaúcho, Luiz Felipe Scolari não deixa tradições de seu estado para trás. Nesta terça-feira, o técnico desceu ao saguão do hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, e tomou chimarrão com alguns jornalistas.
Carlos Alberto Parreira também saiu de seu quarto e acompanhou Felipão. Ele ficou sentado em um sofá, leu jornal e bateu papo com repórteres, na tradicional "resenha".
Os dois tiveram tempo para conversar. A seleção brasileira volta a campo nesta quarta-feira, às 16h, contra o Uruguai, no Mineirão, pelas semifinais da Copa das Confederações.
Durante mais de uma hora de bate-papo descontraído, Felipão contou e ouviu piadas e relembrou histórias de sua trajetória no futebol. Ele recordou, por exemplo, de quando comandou o time do Grêmio por três vezes no mesmo dia, no Campeonato Gaúcho de 1994. No dia 11 de dezembro, por conta do calendário apertado, a equipe jogou no Olímpico contra Aimoré, Santa Cruz e Brasil de Pelotas.
"Eu tinha que controlar o tempo dos jogadores em campo, ninguém podia jogar mais do que 90 minutos", relembra. Para ter elenco disponível para os três jogos, Felipão concentrou mais de 40 jogadores, entre titulares, reservas e diversos juniores, que inclusive foram usados como titulares em uma das partidas. O Grêmio empatou por 0 a 0 com o Aimoré, ganhou de 4 a 3 do Santa Cruz e ganhou de 1 a 0 do Brasil de Pelotas.
"Lembro que nenhum dos jogos valia nada", brincou Felipão, rindo, entre um gole e outro de seu chimarrão, e um comentário ou outro com Parreira, sentado à sua frente.
O Gaúchão daquele ano foi disputado por 23 equipes, e o Internacional foi campeão - o time de Felipão ficou em sexto lugar. O campeonato ficou conhecido como "O Interminável", pois teve duração de cerca de oito meses. Hoje, por exemplo, os estaduais duram pouco mais de três meses.