Taiti mira profissionalismo e veta violão, turismo no RJ e tietagem com Espanha
Pedro Ivo Almeida e Vinicius Konchinski
Do UOL, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro
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EFE/Peter Powell
Técnico do Taiti, Eddy Etaeta, impôs linha dura ao seu time fora das quatro linhas durante Confederações
A modesta seleção do Taiti já anunciou que não tem pretensão alguma de vencer a Espanha e disse até que teme ver a adversária com 98% de posse de bola na quinta-feira, no Maracanã. Isso não quer dizer, entretanto, que a equipe da Oceania não leve a sério o confronto contra os atuais campeões do mundo e líderes do ranking de seleções da Fifa. Muito pelo contrário.
Ignorando o fato de ser composta quase que em sua totalidade por atletas amadores, a equipe taitiana mira um certo profissionalismo para aquele que chama de "jogo da vida". Visando concentração total para a partida, o técnico Eddy Etaeta cancelou os planos de jogadores de conhecer o Cristo Redentor na manhã da última quarta-feira e estabeleceu um padrão "linha dura" de comportamento para a equipe durante sua passagem pelo Brasil.
"Nós viemos aqui para jogar futebol. Não viemos fazer turismo", disse Etaeta, após comandar o primeiro treino taitiano na capital fluminense.
Até as festas ao som do ukulele, uma espécie de violão havaiano tradicional também no Taiti, estão vetadas. "Quero uma postura profissional. Por isso, já pedi que deixassem o ukulele em casa antes de embarcamos."
Outro pedido do comandante é sobre a tietagem com os ídolos que estarão do outro lado de campo. Etaeta pediu uma postura séria de sua equipe, independente do fato de ter nomes como Xavi e Iniesta como adversários.
"É claro que meus jogadores ficarão intimidados por estarem diante de grandes ídolos, mas já conversei com eles que é preciso ter uma postura séria. Estamos lá para cumprir o papel de um país. Em campo, somos iguais", salientou o treinador.
A agenda "linha dura" de Etaeta nesta quarta talvez permita apenas um passeio rápido na praia e uma rápida sessão de fotos com torcedores estão na agenda extracampo do Taiti. Ambos, porém, não estão confirmados. À tarde, a equipe treinará no Maracanã e conhecerá o estádio no qual fará seu jogo mais esperado.
"Teremos 70 mil pessoas no estádio e nosso país todo estará nos assistindo pela televisão. Essa competição vai ser importante para o futuro. Aqui existem jogadores de 18 anos, 19 anos. São jovens. Claro que gostaríamos de ir ao Cristo ou à Praia de Copacabana, mas teremos a partida de nossas vidas. Temos que corresponder ao que o Taiti espera de nós", ressaltou Eddy.
A disputa de uma edição da Copa das Confederações pelo Taiti já é considerado um feito histórico para o país. A ilha polinésia tem 170 mil habitantes e pouquíssimos jogadores de futebol profissional. Do time que veio ao Brasil, por exemplo, só um dos 23 jogadores joga por um clube profissional.
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