O Brasil já mostrou seu poder na Copa das Confederações nos primeiros desafios contra Japão e México. Mas o grande teste será mesmo diante da Itália, sábado, em Salvador, o maior desafio da era Felipão. A equipe tenta voltar a vencer um gigante em competições oficiais depois de quatro anos para garantir o primeiro lugar no grupo.

O desafio contra a Itália não poderia vir em melhor momento. A vitória por 2 a 0 sobre o México mostrou um entrosamento da seleção com a torcida nunca visto. O público que foi ao Castelão apoiou desde o Hino Nacional, quando cantou até o fim mesmo após a interrupção do cerimonial da Fifa. O incentivo continuou durante todo o jogo e mexeu com os jogadores, que admitiram o fato após a vitória garantida e a classificação para as semifinais assegurada.

"Desde o momento que pisei no Ceará eu me arrepiei. Falei com o Parreira que a torcida aqui tem um calor diferenciado. A gente está chamando a torcida para o nosso lado", declarou o zagueiro Thiago Silva à TV Globo.

O duelo vale muito para Neymar e companhia. Além de escapar de um incômodo tabu, o time pode aumentar as chances de escapar da Espanha na semifinal, favorita para se classificar em primeiro no grupo B.

Para os comandados de Felipão, basta um empate com a Itália para avançar com a liderança na chave A, já que levaria a melhor no primeiro critério de desempate: saldo de gols. Se isso acontecer, o destino da seleção na semifinal seria Belo Horizonte. Em caso de derrota, volta para Fortaleza.

A tarefa no sábado será árdua. Depois de vencer o México por 2 a 1 com uma grande atuação de Balotelli, o time italiano fez valer a tradição para conseguir um triunfo suado e emocionante diante do Japão por 4 a 3, nesta quarta-feira. De quebra, também se classificou de forma antecipada para a fase seguinte.

O último triunfo do Brasil diante de um campeão mundial em competições oficiais foi também na Copa das Confederações de 2009, quando venceu justamente a Itália por 3 a 0 ainda na primeira fase. O Brasil foi campeão daquele torneio, mas em seguida enfrentou equipes de menor expressão como África do Sul e Estados Unidos nas fases finais.

Na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, não resistiu à força da Holanda, duas vezes vice-campeã mundial, e acabou derrotada por 2 a 1 nas quartas de final.

Já na Copa América de 2011, o único torneio em que a seleção verde-amarela esteve em campo pós-Copa, todos os confrontos foram diante de países menos tradicionais no futebol.

O selecionado nacional enfrentou Venezuela, Paraguai e Equador na fase de grupos. Nas quartas, empatou por 0 a 0 novamente com os paraguaios em La Plata, mas acabou eliminado após dar um verdadeiro vexame nos pênaltis e errar quatro cobranças.