Compromissos comerciais tiraram Pelé e Ronaldo da agenda da Copa das Confederações. Os dois ocupam cargos relacionados ao Mundial de 2014, mas estão distantes das cerimônias oficiais do evento teste para a Copa do Mundo.

A dupla não participou da cerimônia de abertura, no último sábado, em Brasília. Pelé, embaixador honorário do Brasil para a Copa, não pôde comparecer porque estava gravando comerciais no mesmo dia, segundo sua assessoria.

O estafe do "Rei" informou que a cirurgia feita por Pelé no quadril, no final do ano passado, atrasou sua agenda. Vários comerciais foram adiados e marcados justamente para o sábado da partida inaugural.

Já Ronaldo, membro do COL (Comitê Organizador Local), não apareceu na tribuna de honra do Estádio Nacional porque estava exercendo a função de comentarista da TV Globo no jogo de abertura, entre Brasil e Japão. A entrada dele no Comitê havia atendido ao desejo da Fifa (Federação Internacional de Futebol) de ter uma figura popular para aparecer nos eventos ligados à Copa, o que não aconteceu em Brasília.

Por sua vez, Pelé foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para representar o Governo Federal na programação referente ao Mundial. O UOL Esporte apurou que sua ausência na abertura gerou desconforto no estafe presidencial.

Dilma prefere ser fotografada ao lado de Pelé a ser clicada com José Maria Marin, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e do COL.

Com a ausência de seu embaixador no Estádio Nacional de Brasília, Dilma ficou isolada na tribuna entre Joseph Blatter, presidente da Fifa, e Marin. A presença do mais famoso camisa 10 da seleção em todos os tempos  não mudaria a ordem dos assentos, mas diminuiria o impacto do encontro entre ela e Marin, na opinião do estafe presidencial. No entanto, Pelé avisou ao COL que estará na final da Copa das Confederações, no Maracanã.

Ronaldo, além do compromisso com a Globo, decidiu passar uma temporada na Inglaterra, estagiando na gigante do mercado de comunicações WPP, empresa inglesa sócia da 9ine. Por isso, se afastou de compromissos do COL no Brasil, mas passou a representar o comitê no exterior. Sem Marin, ele esteve na Itália e na Espanha, em abril, divulgando a Copa das Confederações.

O afastamento de Ronaldo e Marin coincide com a guerra política entre a cúpula da CBF e Andrés Sanchez, amigo do ex-atacante. Recentemente, o ex-atacante deu entrevista criticando a atual administração da CBF. Ele quase não tem falado com Marin. No amistoso contra a França, na Arena Grêmio, os dois foram fotografados pelo fotógrafo da CBF, mas apenas se cumprimentaram.