Treinador diz que México 'não tem mais respeito' pelo Brasil
Do UOL, em São Paulo
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Pilar Olivares/Reuters
México se tornou 'pedar no sapato' da seleção brasileira nos últimos jogos
O México deixou de ser um 'freguês' para se tornar uma pedra no sapato do Brasil. Para José Manuel de la Torre, treinador da seleção mexicana, a explicação para esta mudança de panorama é simples: os mexicanos perderam o respeito que tinham dos brasileiros. Ele espera que esta postura se mantenha na quarta-feira, quando as duas equipes se enfrentam pela Copa das Confederações.
Embora o retrospecto aponte um domínio brasileiro sobre os mexicanos (21 vitórias, seis empates e dez derrotas), os últimos duelos entre as duas seleções mostra uma situação bem diferente. No ano passado, no último encontro entre as equipes, o México venceu por 2 a 0 em amistoso disputado nos EUA.
Na Copa das Confederações, os últimos jogos também registraram vitórias mexicanas. Em 1999, os mexicanos venceram por 4 a 3 na decisão do torneio e se sagraram campeões em casa. Na Alemanha, em 2005, nova vitória sobre os brasileiros, desta vez por 1 a 0 na fase de grupos.
"Se o México obteve bons resultados em seleções de base, Jogos Olímpicos, Torneio de Toulon e nos jogos diretos contra o Brasil, é porque esse respeito se perdeu no campo. Tratamos de fazer isso não só com o Brasil, mas também com todas as equipes que enfrentamos", afirmou De La Torre.
O treinador analisou o futuro adversário e elogiou a evolução dos brasileiros. "É uma seleção mais jovem, dinâmica, na qual o técnico [Scolari] trata de imprimir sua personalidade e também trata de explorar os atletas. Nas partidas que vimos, acho que o Brasil pouco a pouco vai adquirindo um melhor futebol. São grandes jogadores e praticamente todos atuam no exterior. Será um time competitivo, diferente daquele que enfrentamos nas últimas vezes", avaliou.
Brasil e México se enfrentam na quarta-feira (19), no Castelão (Fortaleza), às 16h (horário de Brasília). As duas equipes fazem parte do grupo A do torneio, ao lado de Japão e Itália.