Falhas operacionais do Mané Garrincha fazem torcedor sofrer na Confederações

Luiz Paulo Montes e Ricardo Perrone

Do UOL, em Brasília

  • Luiz Paulo Montes/UOL

    Torcedores enfrentaram diversas filas para comer no estádio Mané Garrincha

    Torcedores enfrentaram diversas filas para comer no estádio Mané Garrincha

Uma série de problemas fez o torcedor sofrer na abertura da Copa das Confederações no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O principal e mais escancarado foi a falta de comida em diversas lanchonetes espalhadas pelos corredores de acesso às arquibancadas superiores. Cerca de meia hora antes do jogo entre Brasil e Japão, nenhuma delas tinha sido abastecida com hot dog, batatas e tortas de queijo, produtos anunciados nas placas. 

A situação chegou a afetar mulheres grávidas, de cinco e sete meses. Os maridos encaravam uma enorme fila para comprar comida quando foram informados pelo UOL Esporte do problema. A lanchonete, naquele momento, vendia apenas cerveja e chocolate. Durante o desenrolar da partida, os alimentos chegaram, mas acabaram rapidamente mais uma vez, o que irritou os torcedores.

Outro problema ocorrido foi com os elevadores. Diversos deles não funcionaram em vários momentos entre 13h e 18h, quando a partida terminou. Jornalistas que precisavam descer para o setor de entrevistas foram afetados e tiveram que usar escadas de emergência. Um voluntário, procurado pela reportagem, disse que pelo menos 70% das máquinas já havia apresentado algum defeito neste sábado. 

A internet e a telefonia celular apresentaram falhas também. Na área de imprensa, os repórteres que ocuparam as bancadas mais altas sofreram com o baixo sinal da internet. Até prevendo algum tipo de problema, foram disponibilizados cabos para conectar nos computadores. Quem tentava usar o celular também encontrava muita dificuldade. Por volta das 17h, no intervalo da partida, torcedores relataram à reportagem que desde 15h tentavam se comunicar com familiares do outro lado do estádio e não conseguiam.

Os voluntários, apesar de toda a atenção dispensada, mostraram certa desinformação em algumas situações. O UOL Esporte flagrou ao menos três torcedores pedindo orientações sobre assentos. Um dos funcionários, erradamente, informou que os lugares não eram marcados. Prontamente foi corrigido por um companheiro ao lado, que mostrou os locais corretos para os torcedores.

Houve também quem tenha comprado ingresso e, ao chegar no Mané Garrincha, não encontrado seu lugar. Explica-se: o assento marcado nos bilhetes de torcedores não existiam nas arquibancadas. Segundo a Fifa, houve uma falha na hora da impressão. As pessoas com esses problemas foram realocadas.

Muitos torcedores encararam uma gingatesca fila para retirar os ingressos que compraram pela Internet. A espera chegou a duas horas.

Os problemas em Brasília, uma das cidades da Copa do Mundo de 2014, começaram na quinta-feira. Faltou material para produzir credenciais e também houve uma falha no sistema. Os transtornos causaram o fechamento do centro de credenciamento, provocando longas filas no dia seguinte. 

A reportagem procurou o departamento de comunicação do COL (Comitê Organizador Local) e da Fifa, mas não houve resposta. O e-mail enviado teve como resposta que "as questões operacionais dos jornalistas relativas a todos os jogos da Copa das Confederações da FIFA poderão ser levantadas nos briefings diários para a imprensa".

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