Apesar dos problemas com alimentos e local para treinos, e das condições não tão boas do gramado do Engenhão, os jogadores da Itália não devem ter maiores preocupações neste início de preparação para a Copa das Confederações. Tudo porque a federação italiana preparou uma extensa lista de mordomias e opções de lazer para os atletas durante o período em que estiverem concentrados no Brasil.

Com vinhos, videogames, mesas de sinuca e ping-pong, fliperamas, telões para filmes e até mesmo uma mini-biblioteca, dirigentes italianos esperam "segurar" os jogadores na concentração e evitar que os mesmos busquem outras opções de lazer nas ruas brasileiras.

Os objetos, transportados em dois caminhões após chegarem no Rio de Janeiro, foram instalados em um grande salão no hotel que servirá de concentração para a equipe na capital fluminense. E a ideia é levar essa "sala de recreação" a todas as sedes da Copa das Confederações que receberem os italianos.

De acordo com os responsáveis pela comunicação da seleção Azurra, não houve nenhum pedido especial por parte dos jogadores para que os produtos viessem para o Brasil. Federação e comissão técnica italiana, no entanto, entendem que esta é uma maneira de evitar a sensação de "prisão" na concentração e deixar os atletas mais à vontade.

Nem todos os brinquedos italianos, porém, foram utilizados. Na segunda-feira, primeiro dia em terras brasileiras, os jogadores optaram por passear nas areias da praia da Barra da Tijuca (veja vídeo abaixo) a ficar no hotel. Balotelli, El Shaarawy e demais jogadores aproveitaram o intervalo entre o desembarque - pela manhã - e o treino da tarde para passear na orla carioca. Somente o goleiro Buffon não foi à praia.

À noite, outro momento de liberdade dos italianos. Seguindo uma tradição de concentração em outras competições, a comissão técnica liberou algumas taças de vinho ao elenco. Sem excesso, o mesmo deverá ser feito em outros dias.

Tempero próprio
E os objetos para lazer não foram os únicos itens especiais trazidos pelos italianos. Preocupados com o paladar do time durante o período da Copa das Confederações, a seleção trouxe um chef de cozinha próprio e temperos originais da cozinha italiana.

Além dos queijos e presuntos retidos na Alfândega, a Itália transportou 200kg de macarrão e mais de 150kg de arroz, carne, café e outros grãos que não possuem o mesmo sabor dos itens fabricados no Brasil. Se o técnico Cesare Prandelli insiste em dizer que a equipe ainda não está pronta, pelo menos a logística do lado de fora das quatro linhas já está montada.