Invicto e não-vazado na seleção, goleiro Diego Alves ainda reluta em assumir titularidade

Fernando Duarte

Do UOL, em Wroclaw (Polônia)

  • Reuters

    Diego Alves defende chute durante a goleada brasileira sobre o Japão, nesta terça-feira

    Diego Alves defende chute durante a goleada brasileira sobre o Japão, nesta terça-feira

A goleada de 4 a 0 sobre o Japão marcou a sexta partida de Diego Alves pela seleção brasileira, mas o goleiro também pode gabar de não só desconhecer o que é derrota quando está em campo quanto pelo fato de que ainda não sofreu um único gol nas vezes em que esteve debaixo da trave. De quebra, o titular do Valencia (da Espanha) fez algumas defesas de maior arrojo nas investidas da equipe asiática. No entanto, o ex-jogador do Atlético-MG se recusa a admitir que está em vantagem na briga pela camisa número 1.

"Fico contente por ter feito um bom trabalho, que já disse algumas vezes não se resumir a defesas e saídas. Há o trabalho de posicionar a zaga, ainda mais quando estamos trabalhando num novo sistema. Não tem essa coisa de estar garantido na seleção'', afirmou o goleiro, que no entanto por algumas vezes tem sido escolhido para as entrevistas coletivas pela assessoria de imprensa da CBF, o que sugere um investimento em sua imagem e um tentativa de dar-lhe confiança.


A relutância, porém, pode ser explicada pelo fato de que Mano, desde que assumiu a seleção, já convocou nada menos que 12 goleiros, numa lista de jogadores que contou até com Júlio César, aquele que entre 2007 e 2010 foi titular absoluto da seleção, mas que não pareceu ter se recuperado da falha na derrota para a Holanda no Mundial da África do Sul.

 Aos 27 anos e fora do Brasil desde 2007, quando trocou o Atlético pelo modesto Almería, da Espanha, Diego foi recrutado pelo Valencia no início da temporada de 2011-12 e acabou assumindo a vaga de titular depois da lesão na mão do então dono da vaga, Vicente Guaita. Sua estreia pela seleção, porém, foi nos amistosos contra Egito e Gabão, no ano passado. Em 2012, ele participou também dos amistosos contra China e África do Sul, e da partida contra o Iraque de Zico, mas ficou fora de duelos com adversários de maior expressão como a Suécia, em agosto.

Nas Olimpíadas, ficou fora depois de Mano optar apenas por levar jogadores de linha com idade superior a 23 anos. "A gente precisa estar grato pelas oportunidades, mas na seleção nunca se pode achar que está tudo bem. Há mais goleiros de qualidade no Brasil e a gente precisa estar sempre trabalhando para merecer a convocação'', explica o goleiro, que na atual temporada pelo Valencia disputou 13 jogos dos 16 jogos do time na temporada, sofrendo 9 gols no Campeonato Espanhol e dois na Liga dos Campeões da Uefa.

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